As eleições para o Parlamento Europeu desse domingo (9) apontam para um avanço da extrema-direita no legislativo. Das 720 cadeiras da casa, cerca de um terço serão ocupadas palas duas famílias da extrema-direita do bloco.
Conforme divulgado pela imprensa internacional, o partido Rassemblement National (Reunião Nacional, RN), conseguiu o dobro dos votos da aliança liberal nas eleições legislativas que foram antecipadas na França. De acordo com a apuração de 30% dos votos na Alemanha, o principal partido de oposição do país, União Democrata-Cristã (CDU), vence as eleições europeias.
Mesmo com o avanço, o Partido Popular Europeu (EPP), prosseguirá sendo a maior bancada na casa legislativa com 184 parlamentares, um número que cresceu 8% em relação à última eleição de 2019. Por outro lado, os Conservadores e Reformistas (ECR) contarão com 73 cadeiras ocupadas por representantes da ultradireita como os Irmãos da Itália, a primeira-ministra Georgia Meloni, o polonês Lei e Justiça e o belga Nova Aliança Flamenga. Já o partido Identidade e Democracia (ID), considerado o extrema-direita mais radical, obteve um aumento de 9% com a conquista de uma bancada com 58 eurodeputados.
Na perspectiva dos grupos progressistas, a base tem se mostrado enfraquecida com a diminuição na porcentagem dos votos, como por exemplo, o Socialistas e Democratas (S&D) que elegeram 139 parlamentares, mas apresentaram uma perda de 4%, comparado ao último pleito. Com 19% a menos, os Verdes (Vert/ALE) conseguiram obter apenas 52 assentos. Outro exemplo da situação, foram os liberais do Renovar a Europa (RE) que foram 102 representantes eleitos para 80. O novo Parlamento Europeu também conta com 53 deputados que ainda não são filiados a nenhum partido.
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