O furacão Milton se intensificou nesta segunda-feira (7) e atingiu a categoria 5, a mais alta na escala de furacões, representando uma ameaça catastrófica, conforme o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC). A tempestade avança em direção à costa oeste da Flórida, com ventos sustentados de 285 km/h e rajadas ainda mais fortes, segundo o NHC.
Antes de alcançar a Flórida, prevista para quarta-feira, o furacão deve impactar a Península de Yucatán, no México, trazendo ventos intensos e um aumento do nível da água de até 1,5 metro, além de ondas destrutivas. O NHC alertou para a possibilidade de inundações perigosas na região costeira e no interior da Flórida, com elevação das águas entre 2,4 e 3,6 metros em áreas como Tampa.
A expectativa é que Milton perca força antes de atingir o território norte-americano, mas ainda permanecerá como um furacão "grande e poderoso", conforme as previsões. A costa oeste da Flórida pode começar a sentir os efeitos da tempestade já na noite de terça-feira.
O furacão Milton é o segundo grande ciclone a atingir o Golfo do México em menos de duas semanas. Apenas 10 dias atrás, o furacão Helene deixou um rastro de destruição e mais de 230 mortes no sul dos EUA. Diante da aproximação de Milton, autoridades da Flórida já ordenaram novas evacuações nas áreas que ainda se recuperam dos danos causados por Helene.
No final de setembro outro furacão, o Helene, que atingiu a costa da Flórida foi rebaixado de categoria 4 para 2. O Centro Nacional de Furacões (NHC) informou que, após tocar o solo, o fenômeno registrou ventos de 175 km/h, enfraquecendo significativamente em relação à sua chegada, quando alcançou ventos de até 225 km/h na região de Big Bend.
Ainda assim, o NHC alertou para os riscos contínuos de inundações, deslizamentos de terra e tornados em áreas do norte da Flórida e no sudeste dos Estados Unidos. O furacão Helene tocou o solo pouco antes das 23h30 (0h30 de Brasília) desta quinta-feira na região florestal de Big Bend, no noroeste da Flórida. A cidade de Perry, com cerca de 7 mil habitantes, foi uma das mais afetadas.
Como são escolhidos os nomes dos furacões nos EUA?
Nos Estados Unidos, os nomes dos furacões são escolhidos pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU, e seguem uma lista predefinida e rotativa. A cada ano, há seis listas de nomes que são utilizadas em ciclos e repetidas a cada seis anos. As listas contêm nomes para cada letra do alfabeto (com exceção das letras Q, U, X, Y e Z, que não são usadas por terem menos opções de nomes comuns).
Processo de escolha dos nomes:
- Rotatividade das listas: Cada uma das seis listas é usada em anos diferentes e volta a ser usada após seis anos. Por exemplo, a lista de 2024 será reutilizada em 2030.
- Diversidade de nomes: Os nomes alternam entre masculinos e femininos para manter equilíbrio e representatividade, refletindo a diversidade dos países da bacia do Atlântico.
- Exclusão de nomes: Quando um furacão causa destruição significativa ou grande número de mortes, o nome é retirado da lista para evitar insensibilidade ao reutilizá-lo no futuro. Exemplo: os nomes "Katrina" (2005) e "Andrew" (1992) foram retirados devido aos danos devastadores que causaram.
- Substituição de nomes: Quando um nome é retirado, um novo nome é escolhido durante a reunião anual do Comitê de Furacões da OMM para substituí-lo.
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