O furacão Milton, atualmente na categoria 5, a mais alta na escala de furacões, representa uma ameaça catastrófica à costa oeste da Flórida. Com ventos sustentados de 285 km/h e rajadas ainda mais fortes, a tempestade avança em direção ao estado americano, com previsão de impacto na quarta-feira (9). Especialistas apontam que furacões como Milton, com ventos de quase 300 km/h, podem ultrapassar a capacidade de previsão e mitigação de danos da categoria 5, o que justificaria a inclusão de uma nova classificação.
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Com a aproximação do furacão, as autoridades da Flórida já ordenaram evacuações em áreas costeiras e suspenderam pedágios em rodovias para facilitar o deslocamento da população. O governador Ron DeSantis afirmou que o estado está em "alerta máximo" para lidar com os impactos do furacão Milton. O fechamento de estabelecimentos turísticos, como Disney World e Universal Orlando Resort, foi uma das primeiras medidas anunciadas, com o objetivo de evitar que visitantes fiquem expostos ao furacão.
A chegada do furacão Milton acontece menos de duas semanas após o furacão Helene ter atingido o estado, causando destruição significativa em áreas do sul dos Estados Unidos. Helene, que chegou à Flórida como uma tempestade de categoria 4, foi rebaixado para categoria 2 após tocar o solo, mas ainda assim causou mortes e deixou áreas sem energia por dias.
Milton, no entanto, é considerado uma tempestade potencialmente mais destrutiva, e o fato de muitas áreas ainda estarem em processo de recuperação do furacão anterior aumenta a preocupação das autoridades locais e federais.
Categoria 6 na escala de furacões
Meteorologistas têm discutido a possibilidade de criação de uma categoria 6 para furacões, dado o aumento na intensidade de tempestades como Milton. Atualmente, a escala de furacões vai até a categoria 5, que abrange tempestades com ventos acima de 252 km/h. No entanto, com eventos climáticos se tornando mais extremos e frequentes, há quem defenda que a escala deva ser ampliada.
Cronologia do furacão Milton
- 7 de outubro: Milton atinge a categoria 5, com ventos sustentados de 285 km/h no Golfo do México.
- 8 de outubro: Autoridades emitem ordens de evacuação para áreas costeiras da Flórida, incluindo Tampa e St. Petersburg.
- 9 de outubro: Milton deve atingir a costa oeste da Flórida, possivelmente rebaixado para uma categoria 3 ou 4, com ventos ainda intensos.
Motivos para a Flórida ser tão afetada por furacões
A Flórida é um estado dos Estados Unidos particularmente suscetível a furacões devido a uma combinação de fatores geográficos e climáticos:
- Localização geográfica: A Flórida se encontra em uma península que se estende para o Oceano Atlântico e o Golfo do México. Essa posição a torna vulnerável à passagem de sistemas tropicais que se formam nessas bacias oceânicas.
- Águas quentes: As águas do Golfo do México e do Oceano Atlântico, especialmente durante os meses mais quentes do ano, são propícias à formação e intensificação de furacões. As águas quentes fornecem a energia necessária para o desenvolvimento desses sistemas.
- Baixa pressão atmosférica: A formação de áreas de baixa pressão atmosférica sobre as águas quentes favorece a intensificação de tempestades tropicais em furacões.
- Ventos alísios: Os ventos alísios, que sopram de leste para oeste, empurram as tempestades tropicais em direção às costas da Flórida.
- Relevo plano: A Flórida possui um relevo relativamente plano, o que facilita a penetração de furacões no continente e aumenta o risco de inundações em áreas costeiras.
Como são escolhidos os nomes dos furacões nos EUA?
Nos Estados Unidos, os nomes dos furacões são escolhidos pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU, e seguem uma lista predefinida e rotativa. A cada ano, há seis listas de nomes que são utilizadas em ciclos e repetidas a cada seis anos. As listas contêm nomes para cada letra do alfabeto (com exceção das letras Q, U, X, Y e Z, que não são usadas por terem menos opções de nomes comuns).
Processo de escolha dos nomes:
- Rotatividade das listas: Cada uma das seis listas é usada em anos diferentes e volta a ser usada após seis anos. Por exemplo, a lista de 2024 será reutilizada em 2030.
- Diversidade de nomes: Os nomes alternam entre masculinos e femininos para manter equilíbrio e representatividade, refletindo a diversidade dos países da bacia do Atlântico.
- Exclusão de nomes: Quando um furacão causa destruição significativa ou grande número de mortes, o nome é retirado da lista para evitar insensibilidade ao reutilizá-lo no futuro. Exemplo: os nomes "Katrina" (2005) e "Andrew" (1992) foram retirados devido aos danos devastadores que causaram.
- Substituição de nomes: Quando um nome é retirado, um novo nome é escolhido durante a reunião anual do Comitê de Furacões da OMM para substituí-lo.
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