Câmeras de segurança registraram o momento em que um casal abandonou uma caixa lacrada com quatro filhotes de cachorro na madrugada desta terça-feira (13), em frente ao abrigo de animais Lar do Nando, localizado no residencial Jacinta Andrade, Zona Norte de Teresina.
No vídeo divulgado pelo responsável pelo abrigo, é possível observar o momento em que duas pessoas, que estavam com os rostos cobertos, chegaram em uma motocicleta vermelha e sem placa, segurando uma caixa de papelão fechada.
A mulher, que estava na garupa, desceu da moto por volta das 02h50 e deixou a caixa com os animais na porta do abrigo. Os animais só foram encontrados pela manhã, quando os cuidadores chegaram no abrigo.
Em entrevista ao Portal O Dia, Fernando Machado, responsável pelo Lar do Nando, informou que os animais estavam magros e dois deles apresentavam ferimentos nos olhos.
“A caixa estava muito bem embalada e lacrada com fita isolante. Existiam apenas alguns furos para que os animais pudessem respirar. Creio que tudo tenha sido muito bem planejado e premeditado. Ninguém é obrigado a ter animais, mas a partir do momento em que tem, você é obrigado a cuidar bem e dele”, explicou.
Abandonar animais é crime previsto em Lei
Abandonar animais é crime previsto em lei. De acordo com a Lei 9.605/98, artigo 32, quem cometer o crime de maus-tratos a animais pode cumprir pena de três meses a um ano de detenção. Recentemente, a pena para violência contra cães e gatos, aumentou de 2 a 5 anos de prisão. A pena pode ser aumentada de um sexto a um terço se o crime causar a morte do animal.
Tamanduá é resgato com ferimentos a faca e sinais de maus tratos em Barras
Além dos filhotes de cachorro abandonados em Teresina, outro caso envolvendo animais causou revolta em protetores do Piauí. Um Tamanduá-mirim foi resgatado, nesta segunda-feira (12), com diversos ferimentos pelo corpo causados por golpes de faca e sinais de maus tratos. A ocorrência ocorreu no município de Barras e foi atendida por uma equipe do Grupo de Resgate Voluntário (GAV) da cidade.
Segundo integrantes do GAV, populares entraram em contato informando que encontraram o animal bastante ferido. Chegando ao local, foi constatado que o tamanduá apresentava diversos cortes pelo corpo, possivelmente provocados por golpes de arma branca, como faca. Além disso, o animal estava com outros ferimentos pelo corpo, indicando sinais de maus tratos, como muita fome e sede.
Maria de Jesus Santos, presidente do GAV, levou o animal para sua residência e realizou os primeiros cuidados até a chegada do Ibama, para que fizesse a remoção do tamanduá para um local adequado.
É importante lembrar que este tipo de conduta é considerada crime ambiental e, segundo as leis de proteção aos animais silvestres. Na esfera penal, o crime é previsto pelo Artigo 32, da lei nº 9.605, com alteração da lei nº 14.064/2020, prevendo pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda, em caso de morte do animal.