Agências do INSS no Piauí estão funcionando com apenas dois servidores, a denúncia é do presidente do sindicato dos trabalhadores do órgão, Antônio Machado. Em entrevista ao sistema O Dia o dirigente sindical defendeu melhores condições para atuação dos servidores no estado analisou que o efetivo de profissionais deveria dobrar no Piauí para atender às demandas no estado.
Trabalhadores do órgão estão em greve desde o último dia 16 de julho, o movimento grevista ocorre por tempo indeterminado e afeta o funcionamento das agências em todo o Brasil. Somente os atendimentos considerados prioritários serão mantidos, dentre os quais as perícias médicas que já estavam agendadas e prestação de informações à população idosa e pessoas com deficiência que procurarem as agências. Os demais atendimentos deverão ser agendados ou reagendados para quando a greve encerrar.
Os servidores do INSS reivindicam, dentre outros pontos, a recomposição de perdas salariais, a reestruturação da carreira, cumprimento do acordo de greve de 2022, incorporação de gratificações, jornada de trabalho de 30 horas, revogação de normas que determinam o fim do teletrabalho e reestruturação do serviço previdenciário.
O dirigente sindical lamentou o cenário nacional de falta de profissionais.
No Piauí as 35 agências do INSS também enfrentam dificuldades de acordo com sindicato.
"São milhões de pessoas esperando, filas para o agendamento que demora entre oito e dez mês. O segurado sempre teve o respeito do INSS, o que complica é a falta de pessoal infraestrutura. Aqui no Piauí a gente já funcionou com quase mil servidores em todo estado, hoje temos aproximadamente 410. Temos 35 agências, cinco na capital e 30 no interior. Temos agência no interior que funciona com dois funcionários. Em Piracururca temos apenas três funcionários", afirmou.
O Sistema O Dia entrou em contato com a assessoria de comunicação do INSS no Piauí que revelou que "as decisões sobre efetivo são tomadas em Brasília", o Portal O Dia está a disposição para esclarecimentos.