O ano mal começou e muitos pais já estão na maratona para comprar o material escolar dos filhos. Na busca por melhores preços, eles vão de loja em loja, fazem pesquisas na internet e até enviam as listas para diversos estabelecimentos ao mesmo tempo, tudo para conseguir valores mais acessíveis. Pensando nisso, muitos lojistas estão apostando nas facilidades de pagamento como forma de atrair esses clientes.
Segundo José Nilton, proprietário da Papelaria do Estudante, a demanda de pais aumentou muito desde o mês de dezembro e a expectativa é crescem mais com a proximidade da data de início das aulas. A loja já está abastecida e cheia de novidades esperando os consumidores, especialmente aqueles que querem variedade e preço baixo.
“Nos organizamos e compramos antecipadamente com fornecedores, a fim de adquirir preços mais acessíveis e que pudéssemos repassar para os consumidores. Inclusive, este ano, conseguimos uma baixa de preço em produtos importados, visto que depois da pandemia tinha alavancado muito o preço e agora normalizou, baixou o frete e o dólar deu uma equilibrada. Os produtos realmente baixaram, o que é raro acontecer, como as mochilas, lapiseiras e apontadores”, contou o empresário em entrevista ao Jornal O DIA.
E para facilitar ainda mais a vida financeira dos pais, a loja oferece excelentes condições de pagamento. A compra do material escolar pode ser dividida em até seis vezes sem juros, além disso, é dado desconto para aqueles que optarem pela compra à vista. “Muitos pais preferem dividir o material escolar porque ainda vão comprar os livros escolares, e essa é a parte que pesa mais”, pontua José Nilton.
A loja Ana Luíza Festas também tem apostado em novidades e nas facilidades de pagamento para atrair os consumidores. A empresária Ana Cleia de Sena Almeida comenta que as compras podem ser parceladas no cartão de crédito sem juros e que os consumidores ganham descontos em pagamentos feitos via Pix ou dinheiro.
Outro diferencial da loja é o atendimento online. Por meio do WhatsApp, é possível enviar a lista de material escolar, o que facilita para os pais que não têm tempo de ir até o estabelecimento.
“E ainda fazemos a entrega desse material. Hoje em dia, o cliente quer comodidade e praticidade. Ele nos envia a lista do que precisa, fazemos o orçamento e entregamos. Temos profissionais específicos para atender os clientes via WhatsApp, justamente por entender que as pessoas não têm tempo a perder”, complementa Ana Cleia.
Lista de material escolar pode variar de R$ 200 a R$ 1 mil
Dependendo da quantidade de itens solicitados pelas escolas, a lista de material escolar pode variar de R$ 200 a R$ 1 mil. Além dos itens que devem ser entregues às escolas, os pais também investem no material individual dos filhos, o que pode pesar no orçamento.
“Alguns pais se empolgam quando veem o filho animado com as aulas e acabam investindo mais no material escolar, como uma forma de incentivá-lo. Tem aqueles pais que optam pelos produtos com maior qualidade e durabilidade, enquanto tem outros que buscam os que têm menor valor. Mas, em média, uma lista de material escolar gira em torno de R$ 500, a depender do material que é solicitado e da escola”, complementa José Nilton, proprietário da Papelaria do Estudante.
As mochilas escolares estão entre os itens mais procurados. Enquanto os jovens buscam acessórios mais discretos, as crianças preferem os artigos com estampas infantis, de princesas e super-heróis.
“Trabalhamos com produtos que tragam praticidade ao cliente, então as mochilas precisam ser resistentes, com bastante divisórias e que sejam úteis. As crianças gostam muito de personagens infantis e mochilas de rodinhas. Isso porque, a cada ano, as crianças vão levando mais material e, consequentemente, mais peso, então a mochila de rodinha ajuda muito, por ser mais prática”, acrescenta Ana Cleia de Sena Almeida, proprietária da Ana Luíza Festas.
A funcionária pública Solange Santos (47) já iniciou a busca pelo material escolar da filha, tanto presencial como online. Pela internet, ela pesquisa os itens da lista e anota aqueles que considera mais relevante para comparar com os que ela encontra nas lojas físicas. Uma estratégia interessante para quem deseja gastar o mínimo possível.
“Todo ano é essa dificuldade, pois a cada ano os valores estão mais elevados, especialmente as mochilas, que é o que mais pesa. Algumas coisas compensam comprar pela internet, dependendo do frete, outras compensa mesmo comprar em loja física. Os cadernos estão quase o mesmo valor, então ainda vou avaliar se irei comprar em loja ou online”, cita Solange Santos.
E na hora de comprar, a mãe tenta equilibrar entre o que a criança quer e o que cabe no bolso. O valor de quanto será gasto com o material escolar da filha é incerto, mas a servidora espera que fique abaixo do que gastou ano passado.
“Eu preferia não gastar nada e tentar aproveitar o material do ano passado, então vou precisar dosar o que a milha filha quer e o que o bolso manda. Como eu só tenho uma filha para comprar material escolar, até que não fica tão pesado, mas ainda tem os livros, que estou pesquisando”, conclui a servidora pública.
Veja o que pode e o que não pode ser pedido pelas escolas
O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/MP-PI) disponibiliza o painel “Pesquisa de Preços – Volta às Aulas”, que permite aos pais compararem os preços dos produtos. Na plataforma, é possível pesquisar o estabelecimento e o item desejado. Além disso, o órgão também orienta sobre os produtos que podem e os que não podem ser pedidos na lista de material escolar entregue pelas escolas.
- O QUE PODE:
- solicitar material escolar de uso individual;
- reaproveitar material escolar não utilizado pelo aluno no ano anterior.
- Pincel;
- Massinha de modelar;
- Giz de cera;
- Papel sulfite;
- Tubo de cola;
- Caixa de lápis de cor;
- Cadernos;
- Livro de história infantil para a idade específica;
- Lápis;
- Apontador;
- Caneta hidrográfica;
- Tesoura sem ponta;
- Massinha;
- Jogo de letras em madeira;
- Tinta guache;
- Jogo educativo conforme a idade da criança;
- Papel crepom.
- O QUE NÃO PODE:
- solicitar material escolar de uso coletivo;
- exigir marca específica de material escolar.
- Álcool;
- Água mineral;
- Agenda escolar específica da escola;
- Algodão;
- Balde de praia;
- Balões;
- Barbante;
- Bastão de cola quente;
- Bolas de sopro;
- Botões;
- Canetas para lousa;
- Carimbo;
- CDs, DVDs e outras mídias;
- Clipes;
- Cola para isopor;
- Copos descartáveis;
- Cotonetes;
- Elastex;
- Esponja para pratos;
- Estêncil a álcool e óleo;
- Fantoche;
- Fita/cartucho/ tonner para impressora;
- Fitas adesivas;
- Fitas decorativas;
- Fitas dupla face;
- Fitilhos;
- Flanela;
- Feltro;
- Fita dupla face e fita durex em geral;
- Giz branco ou colorido;
- Garrafa para água;
- Gibi infantil;
- Jogos em geral;
- Lixa em geral;
- Grampeador;
- Grampos para grampeador;
- Guardanapos;
- Isopor;
- Lenços descartáveis;
- Livro de plástico para banho;
- Maquiagem;
- Marcador para retroprojetor;
- Material de escritório;
- Material de limpeza;
- Palito de dente;
- Palito para churrasco;
- Papel higiênico;
- Pasta suspensa;
- Piloto para quadro branco;
- Pincéis para quadro;
- Pincel atômico;
- Plástico para classificador;
- Pratos descartáveis;
- Pregador de roupas;
- Produtos para construção civil;
- Papel em geral (no limite de uma resma por aluno);
- Remédio;
- Sacos de plástico;
- Talheres descartáveis;
- TNT.