O Piauí tem registrado aumento significativo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes. Dentre os tipos de síndromes que mais registraram aumento estão os vírus Influenza, vírus Sincicial Respiratório (VSR) e o SARS-CoV-2 (Covid-19).
De acordo com o pediatra Ramon Nunes, os casos mais comuns são de bronquiolite e síndromes respiratórias. “São bronquiolites em bebês de até dois anos, com síndromes respiratórias agudas graves, e também nas crianças maiores, o que exigiu do hospital a necessidade de novos leitos para a reorganização nas enfermarias”, afirma.
O crescimento de notificações no estado acompanha a tendência nacional, onde o Brasil apresenta um maior número de novos casos notificados. Diariamente, o Hospital Infantil Lucídio Portella registra a chegada de crianças com sintomas como febre, tosse, dores de cabeça e no corpo. Para atender a demanda de novos casos no Estado, o hospital teve que reorganizar os leitos.
"Tivemos que separar nas enfermarias quatro leitos específicos para bronquiolite em lactentes que tenham desconforto, necessidade de oxigênio e atendimento especializado. Com isso, garantimos maior segurança para a população", informa o médico.
O que é SRAG?
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), também conhecida pela sigla Sars (Severe Acute Respiratory Syndrome), é uma enfermidade que se caracteriza por ser altamente contagiosa. Ela é transmitida por uma variante de coronavírus (Sars-CoV), identificado no final de 2002 e que afeta os sistemas respiratório e pulmonar.
Como evitar a contaminação
Para o pediatra Ramon Nunes, a higiene pessoal é o principal modo de evitar a contaminação por vírus. Outra medida importante é evitar o contato direto com uma pessoa doente.
“Evitar locais aglomerados, evitar locais fechados, redobrar cuidados de higiene e de lavagem das mãos. Esse vírus é transmitido tanto de pessoa doente para outras pessoas, como até pelo contato com as mãos nas maçanetas e nos objetos contaminados que também podem transmitir essas viroses", orienta o pediatra.
Cuidados devem ser redobrados com bebês
- As visitas devem ser restritas aos familiares próximos, sempre com a condição de saúde averiguada;
- Em casos de sintomas respiratórios, ou contato com pessoas contaminadas, a visita deve ser suspensa;
- Deve-se evitar tocar na criança, exceto se as mãos e roupas estiverem higienizadas;
- O uso de álcool nas mãos e de máscara é imprescindível, bem como não expor a criança a beijos (gotículas podem estar contaminadas por vírus).