O programa de investimento Pro Piauí, que foi coordenado pelo governador Rafael Fonteles (PT) quando ele ainda era secretário de Fazenda do Piauí, foi lançado em nova versão nesta segunda-feira (17), no Palácio de Karnak, e com metas ousadas de investimentos públicos para atração de investimentos do setor privado.
O chefe do Executivo explicou que a base do Pro Piauí 10 e do Pro Piauí 100 é apresentar aos empresários o planejamento do governo para desenvolvimento. “Estamos mostrando para a sociedade piauiense o modelo que acreditamos, que é o investimento público alavancando o investimento privado. Vamos investir 10 bilhões e, por outro lado, vamos atrair R$ 100 bilhões e gerar os 80 mil empregos que firmamos o compromisso na campanha”, disse Fonteles.
Os dois programas terão foco em três eixos principais, o que contempla um total de 11 áreas:
- Infraestrutura (com foco na mobilidade urbana, transportes e infraestrutura hídrica);
- Desenvolvimento econômico (aporte de capital, desenvolvimento rural, turismo e transformação digital);
- Transformação social (segurança e justiça, saúde, educação e desenvolvimento).
O governador comentou que os R$ 100 bilhões, aparentemente, podem parecer ousados. Contudo, ele explicou que os levantamentos da equipe da Secretaria de Planejamento e da Agência de Atração de Investimentos Estratégicos (Investe Piauí) estão dentro da realidade do estado.
O presidente da Investe Piauí, Victor Hugo Almeida, exemplificou com o caso do grupo empresarial Tomazini, que pretende instalar um frigorífico no Piauí. No entanto, a rede de abastecimento de energia da região necessita de um investimento público para concretizar o negócio.
“Vamos trazer o exemplo concreto do grupo Tomazini, em Uruçuí. Há anos eles se instalaram no estado e já tem mais de 50 mil hectares de plantação de soja. O grupo tem a intenção de implantar um frigorífico de aves na região de Uruçuí, mas, para isso, faltava um investimento de R$ 100 milhões numa linha de transmissão de energia. Assim, R$ 100 milhões de investimento do estado vai resultar num investimento de R$ 2 bilhões. Nesse caso específico, é um efeito multiplicador de 20 vezes”, explicou Victor Hugo.