As eleições municipais de 2024 no Piauí foram marcadas pela continuidade política. Ao O Dia, o presidente da Associação Piauiense dos Municípios (APPM), Toninho de Caridade (PSD), revelou que 89% dos prefeitos em exercício no estado foram reeleitos ou conseguiram eleger seus sucessores, deixando apenas 11% das prefeituras sob o comando de novos gestores. O resultado reflete uma predominância de grupos políticos já estabelecidos nas cidades piauienses.
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Com o cenário atual, é possível observar uma clara demonstração da força política local e das estratégias bem-sucedidas de manutenção no poder. Segundo Toninho da Caridade, o patamar revela uma predominância de popularidade entre os prefeitos, com a consolidação de obras públicas e ações de impacto realizadas durante a gestão.
Você vê que essas gestões de prefeitos foram de muitos gestores que se destacaram, com a aprovação muito alta. Só houve troca de poder em 11% dos municípios piauienses e em 89% se reelegeram ou fizeram seus sucessores. É uma margem muito alta mostrando que a maioria dos gestores realmente fizeram um trabalho grandioso pelos seus municípios e de fortalecimento. Isso é muito importante
Em cidades importantes, como Parnaíba, Piripiri, Floriano, Altos e Campo Maior, por exemplo, a manutenção de prefeitos ou de candidatos indicados por eles foi um fator decisivo nas disputas. Um fato importante evidenciado para o resultado favorável nessas cidades foi o uso das redes sociais e de outras formas de comunicação direta com o eleitorado, contribuindo assim para a fidelização dos votos.
A meta agora, segundo Toninho da Caridade, é capacitar os novos gestores para o mandato que se avizinha. Para isso, a APPM, juntamente com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), irá realizar um encontro com os prefeitos eleitos em busca de capacitar os gestores, bem como dar maiores orientações no processo de transição e na saúde das contas públicas.
“APPM, juntamente com a CNM, já tem um encontro com os novos gestores em Brasília nos dias 5 e 6 de novembro. Estamos também em boa sintonia com os órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público estadual, para que a gente agora passe para todos os gestores que vão assumir, principalmente aqueles que estão assumindo pela primeira vez uma gestão pública, fazer as orientações de transição, que seja tranquila e que possam saber como andam as situações de cada município”, ressaltou.
O presidente da APPM afirma que o encontro será um divisor de águas aos novos gestores, especialmente no que tange o seu objetivo fim, que é dar instruções para que sejam convertidas em resultados às comunidades locais.
“A gestão ela precisa de preparo e o preparo tem que saber como se encontra mais ou menos a situação das contas públicas de cada município para que o gestor possa se preparar para o futuro e prestar serviços relevantes à sociedade, que é isso o intuito: trabalho de resultado. Trabalho de resultado para trazer melhor ainda ações diretas para a população, que é isso que a sociedade espera e é isso gestores esperam fazer o melhor pelo povo que eles representam. Eu não tenho dúvidas que o municipalismo continuará forte”, concluiu.
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