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Servidores da UFPI paralisam atividades por 48h e nova greve não está descartada

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Piauí paralisaram as atividades por 48h nesta terça-feira (15) e nesta quarta-feira (16) de outubro. A decisão havia sido tomada em assembleia geral da categoria realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da UFPI (SINTUFPI) na última quinta-feira (10). A medida foi fundamental para defender seus direitos diante do recuo do Governo em pontos do acordo firmado anteriormente.

A mobilização busca pressionar o Governo a cumprir os acordos previamente estabelecidos e assegurar os direitos da categoria, que é essencial para o funcionamento pleno das universidades públicas. Nas negociações, ficou acordado que em 180 dias após o encerramento da greve deveriam ser apresentadas as reivindicações em um projeto de lei que tramita no Congresso e que prevê garantias para a categoria. (Confira abaixo)

Divulgação/Sintufpi
Servidores da UFPI paralisam atividades por 48h e podem deflagrar greve

O governo havia recuado em quatro pontos, mas voltou atrás. “Mas ontem, numa segunda mesa de negociação e após a paralisação, o governo já chamou e já tirou do MEC para o MGI três pontos: o cargo amplo, a reposição dos aposentados e a discussão das 30h. Vamos ficar agora dependendo apenas do Congresso para fazer a discussão para aprovar os quatro pontos que faltam", explicou Bartolomeu Carvalho Sousa, presidente do Sintufpi.

Bartolomeu afirmou ainda que as reivindicações devem ser cumpridas 180 dias após a greve. Caso contrário, uma greve não está descartada. "Ela (a greve) é o último dos recursos, mas é possível", disse o presidente do Sintufpi.

Assis Fernandes/ O DIA
"(A greve) é o último dos recursos, mas é possível", disse o presidente do Sintufpi, Bartolomeu Carvalho.

Entre as principais reivindicações, os servidores destacam quatro pontos cruciais que foram retirados da minuta do projeto de lei, comprometendo os avanços já negociados:

1. Reposicionamento dos aposentados – Garantia da valorização daqueles que dedicaram suas carreiras à instituição.

2. Criação do cargo de auxiliar em Educação – Reconhecimento da importância deste novo cargo no fortalecimento das atividades educacionais.

3. Aceleração da carreira por progressão por capacitação – A melhoria nas oportunidades de crescimento e valorização profissional.

4. Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) – O reconhecimento formal das habilidades adquiridas ao longo da carreira.


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