A Comissão dos Direitos Humanos, Juventude, Minorias e Igualdade Racial (CDHJMIR) realizou, nesta quinta-feira (12), uma audiência pública para debater estratégias de redução dos indicadores de violência contra a população jovem e negra. Instituições, entidades e militantes foram ouvidos pelos deputados Francisco Limma (PT) e Elisângela Moura (PCdoB).
Durante a audiência, foi debatida a falta de estrutura para a implementação de políticas públicas que contribuam para a diminuição dos casos de violência sofridos por esse grupo.
“Nós temos políticas maravilhosas desenhadas, mas elas não passam de desenhos. Quando nós vamos procurar os equipamentos, não os encontramos nos municípios e, quando encontramos, estão em condições muito precárias. Esses adolescentes não estão sendo realmente atendidos. Para além da educação, precisamos rever toda a estrutura estatal que atende crianças, adolescentes e jovens”, destacou a promotora Joselisse Carvalho, do Ministério Público do Estado.
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As entidades destacaram soluções que exigem maior recurso orçamentário, como a estruturação de escolas de tempo integral, bolsas culturais, políticas públicas para geração de renda, acesso à saúde psicológica e melhor treinamento e preparo da força policial.
A deputada Elisângela Moura destacou a relevância do tema e os números assustadores da violência contra a população jovem e negra no estado.
“A violência envolvendo a juventude no estado do Piauí é um tema que exige de cada um de nós reflexão, empatia e, sobretudo, ação efetiva. Vivemos tempos em que a violência deixa marcas profundas, não apenas nos números, mas nas famílias, nas comunidades urbanas e no campo também. No Piauí, os índices de violência que envolvem os jovens, tanto como vítimas quanto como atores, são alarmantes”, afirmou a parlamentar.
O deputado Francisco Limma ressaltou que uma das soluções para mitigar a violência contra esse grupo é melhorar a eficiência nos investimentos em educação nas áreas periféricas.
“A educação de qualidade que alcance as áreas mais periféricas é uma das chaves para romper o círculo da violência. O acesso ao esporte e à cultura, além da geração de emprego e renda, também é fundamental para proporcionar alternativas para a juventude, afastando-a da criminalidade e da exclusão. É claro que precisamos também adotar medidas mais duras, sobretudo contra aqueles que organizam a prática da violência, seja ela bancada pelo Estado ou estruturada pelo crime, que se fortalece cada vez mais”, defendeu o deputado.
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