A estudante de Direito Victoria Soares contou, em um vídeo divulgado nas redes sociais, detalhes de uma das noites em que foi agredida no seu próprio apartamento. Agressões que ela atribui ao namorado, o empresário Matheus Vitor. Nos relatos, a vítima conta que ao perceber que ele havia arrombado a porta, cogitou se jogar do prédio onde reside.
“Ele derrubou a porta do meu apartamento e a única opção era me jogar da varanda”, disse. Victoria estava em relacionamento com o empresário há cerca de sete meses e já havia sido agredida pelo menos uma outra vez, já tendo registrado boletim de ocorrência.
Victoria chegou inclusive a dar entrada em uma medida protetiva. Porém, retornou com o relacionamento. Na última vez em que as agressões ocorreram, ela afirmou que sentiu medo de morrer. A estudante conta que, diante do perigo, desceu para pedir ajuda. “Meu vizinho estava entrando no condomínio e eu me joguei no carro dele implorando socorro e entrei no carro. Ao dar a volta para sair, o Matheus pegou o carro dele e começou a bater no carro do meu vizinho", disse. "Eu quero apenas ficar viva", finalizou a estudante.
Mãe da vítima: “Até agora eu estou sem chão”
Dorinha Soares esteve acompanhando a filha Victoria Soares durante o depoimento na manhã desta quinta-feira (11). Em entrevista à imprensa, a mãe contou que está “chocada” com o que ocorreu. E disse também que já desconfiava das agressões.
“Eu estava internada, porque vou fazer uma cirurgia de ponte de safena e quando soube, eu fiquei horrorizada, chocada. Eles já tinham uma relação conturbada. Muitas vezes ela chegava com uma manchinha roxa e eu perguntava: ‘Victoria, o que é isso?’. E ela respondia: ‘Não mãe, foi uma pancada que eu levei’. Mas a mãe sempre desconfia”.
A mãe da vítima afirmou que Mateus Vitor ainda continua fazendo ligações para a família, mas que não atendem. “Ele provou para mim que ele é um vagabundo, moleque e que vai ser preso. Eu como mãe dela, quero justiça. Ele continua ligando para ela, para o meu número e o do pai dela, só que a gente não está atendendo”, contou, afirmando ainda que a família cogita se mudar para outra cidade no interior do Estado. “Não tenho coragem de deixar minha filha aqui em Teresina com esse psicopata. Eu quero a prisão dele hoje”. E finalizou: “Até agora eu estou sem chão”.