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Golpe das passagens aéreas: “fui fazer o check-in e não tinha ticket no meu nome”

João da Cruz é piauiense e mora em Itapevi, na Grande São Paulo. Todos os anos ele vem visitar a família que mora no Piauí. No entanto, na viagem deste ano, Seu João foi surpreendido: um dia antes de embarcar, ao fazer o check-in, Seu João foi informado de que não havia nenhum ticket aéreo em seu nome. Ele não sabia, mas havia caído no golpe das passagens aéreas, cujo suspeito de ter cometido o crime é Ronaldo Carvalho. Ele foi preso nesta quarta-feira (13) identificado pela investigação como o estelionatário que aplicava golpes com a venda de passagens aéreas mais baratas.

Reprodução/Internet
Piauiense que mora em São Paulo teve prejuízo de R$ 3 mil com golpe das passagens aéreas

Ao todo, cerca de 12 pessoas foram vítimas do golpe nas cidades de Teresina, Altos e São Paulo. Entre elas, o Seu João que, de início, não entendeu o que estava acontecendo. Ao todo, a vítima teve um prejuízo de cerca de R$ 3 mil.

“Eu liguei para ele e disse que não havia passagem nenhuma no meu nome, que comprei em torno de 800 reais. E aí ele disse então que iria precisar comprar outras passagens. Eu repliquei afirmando que ele deveria apagar, já que eu já tinha pago. Mas eu acabei pagando a diferença, um valor alto de quase dois mil de diferença. Depois eu tentei fazer um acordo com ele, para me devolver R$2.200 e o resto ele ficava. O Ronaldo disse que iria me pagar em parcelas de 400 e pouco, mas nunca mais pagou”.

João da CruzVítima

João explicou ao O DIA que só conseguiu viajar porque adquiriu outros bilhetes para ele e a esposa. Porém até hoje nunca conseguiu reaver os valores repassados ao Ronaldo. O delegado Humberto Mácola, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) explicou que o modus operandi do estelionatário é semelhante ao do caso do Seu João.

O homem entrava em contato com os supostos clientes e, após receber o pagamento, bloqueava o contato da pessoa no whatsapp. “Ele prometia às vítimas passagens em um valor mais barato. Quando a pessoa pagava, ele bloqueava a pessoa e sumia. Quando a pessoa que comprou ia viajar não tinha nada em seu nome”, explica.

Reprodução/Pixabay
Golpe era realizado por meio do whatsapp

“As primeiras denúncias começaram a chegar em abril. Ao decorrer das investigações as vítimas foram identificadas outras e descobrimos vítimas até de outro estado”, complementa. Para confundir os clientes, algumas passagens que Ronaldo vendia eram verdadeiras. E alguns clientes conseguiam viajar, o que despertava confiança em outros clientes que recebiam a indicação dele. Porém, a maioria caia no golpe, descoberto pela Polícia Civil do Piauí.

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