O Instituto Médico Legal (IML) confirmou que os dois corpos encontrados em uma cova rasa são das duas irmãs desaparecidas na região da Santa Maria da Codipi. Francinete Pereira da Silva e Jocinéia da Silva estavam sumidas desde a última quarta-feira (13). Os corpos foram localizados em uma área de mata no Residencial Edgar Gayoso, zona Norte da capital.
O delegado Francisco Costa, o Barêtta, está nas investigações e afirmou que ambas tinham envolvimento com facções criminosas. "Segundo as informações, as duas são envolvidas com o submundo do crime, inclusive os companheiros delas estão no presos no Sistema Prisional do estado, pertencem ao PCC e elas estavam tendo relacionamento com membros do Bonde dos 40", detalhou Barêtta.
Ainda segundo o delegado Barêtta, caso as duas vítimas tenham sido torturadas antes de morrerem, o crime será enquadrado também como "tortura", o que pode aumentar a pena aos envolvidos. “Além da natureza jurídica do homicídio, a gente possa dar a qualificadora de tortura como um crime autônomo para que eles peguem uma outra punição pelo crime de tortura. Mas isso tem que ser definido no laudo cadavérico”, complementou.
Os corpos devem ser liberados pelo IML aos familiares ainda nesta segunda-feira (18).
Relembre o crime
As duas foram vistas pela última vez no dia 13, saindo de casa em um carro de aplicativos com seus filhos, uma menina de 4 anos e um menino de 6 anos. Horas depois, as duas crianças foram deixadas na frente da UBS da Santa Maria e desde então suas mães não foram mais vistas. De acordo com a polícia, há possibilidade de que Jocinéia e Francinete tenham sido vítimas da briga entre facções rivais que atuam na região da Santa Maria.
A polícia investiga ainda se por acaso João Victor Damasceno Ribeiro dos Santos, que morreu em confronto com a polícia na quinta-feira (14) teria algum envolvimento no desaparecimento das irmãs.
João Victor, conhecido como Pânico, tinha 17 anos e era irmão de Israel de Assis Damasceno, líder do PCC que comandou a chacina na Santa Maria da Codipi em 04 de outubro.
Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram acionadas até o local para colher as primeiras informações. Uma guarnição do 13º BPM isola a área para o trabalho de perícia. De acordo com o delegado Bruno Ursulino, o Corpo de Bombeiros também foi chamado para fazer a escavação da cova e ajudar a retirar os corpos.
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