Representantes de movimentos sociais debateram na tarde desta segunda-feira (20), em Teresina, durante o G20 Social, demandas a serem apresentadas aos representantes brasileiros que irão participar da 3ª reunião da Força-Tarefa para construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que também acontece na capital piauiense a partir da próxima quarta-feira (22).
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Lideranças de pequenos agricultores, terreiros, partidos políticos e movimentos educacionais foram ouvidos pelo secretário-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo. O ministro explicou que foi designado pelo presidente Lula para organizar as contribuições recebidas e encaminhá-las para os técnicos que irão estar presente nas discussões com as delegações internacionais.
A mãe Nilce de Iansã, coordenadora da rede nacional de religiões afro-brasileiras, por exemplo, apresentou a importância dos terreiros durante a pandemia da COVID-19 na distribuição de alimentos para pessoas em vulnerabilidade social. Para ela, os terreiros representam nas periferias muito mais que uma questão religiosa.
“A força-tarefa contra a fome é uma prática dos terreiros. O terreiro é uma cozinha solidária sempre aberta. Várias demandas levam as pessoas a procurar o terreiro, e uma dessas demandas é a fome. Durante a pandemia, foram os terreiros que deram assistência social, que acolheram e orientaram essas pessoas em estado de vulnerabilidade”, argumenta a coordenadora.
Francisca das Chagas Sousa, representante dos pequenos agricultores do Piauí, demonstrou preocupação com as mudanças climáticas e os projetos de parques de energias renováveis que estão sendo instalados em áreas produtivas.
“É preciso ter vontade política para acabar com a fome. Nós sabemos do compromisso do presidente Lula e do governador Rafael, mas é preciso apontar e registar que estamos ficando preocupados com o embate das energias renováveis e os grandes projetos dentro do nosso território. Esses projetos devem ser dialogados com os territórios, com as comunidades indígenas, quilombolas e os povos de terreiros”, afirma Francisca das Chagas.
A secretaria de Assistência Social do Piauí, Regina Sousa, por sua vez, questionou os critérios levados em conta pelas as avaliações que medem os níveis de pobreza. Para ela, é necessária uma padronização para que os governos consigam direcionar as ações e que essas se tornem efetivas.
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