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Teresina registra aumento de 32% no número de famílias endividadas

O endividamento familiar registrou alta expressiva em Teresina entre 2022 e 2024. Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a proporção de pessoas vivendo com contas atrasadas na capital piauiense saltou de 61% para 86%, um aumento de 32,6%, a maior alta proporcional entre todas as capitais do país.

Esse crescimento em Teresina acompanha uma tendência nacional de elevação no número absoluto de famílias com dívidas como fatura do cartão de crédito ou financiamentos de carros e imóveis. Em todo o Brasil, o número total de lares endividados subiu de 11,28 milhões para 12,73 milhões, um aumento de 12,8% em dois anos.

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Teresina registra aumento de 32% no número de famílias endividadas

De acordo com a FecomercioSP, o crescimento no número de famílias endividadas reflete, em grande parte, o aumento populacional nos centros urbanos, o que também amplia a quantidade de lares. No entanto, a entidade alerta que os efeitos econômicos desse crescimento não são positivos. Com mais famílias endividadas, o custo do crédito no mercado tende a aumentar, o que pode aumentar o risco de inadimplência — especialmente em tempos de juros altos ou quando a inflação afeta o consumo.

O estudo ressalta que, embora o endividamento proporcione mais acesso ao crédito e aumente o consumo, também traz riscos, como a possibilidade de inadimplência e exclusão do mercado. Portanto, é essencial encontrar um equilíbrio entre incentivar o consumo e proteger o orçamento das famílias, especialmente das mais vulneráveis.

Cenário nacional

Enquanto Teresina lidera o aumento no endividamento entre as capitais, outras cidades como João Pessoa (29,1%), Porto Velho (26%) e Fortaleza (25,1%) também registraram aumentos significativos. Por outro lado, algumas capitais como Florianópolis (-2,1%), Curitiba (-1,9%) e Porto Alegre (-1,2%) tiveram queda no endividamento.

Reprodução/FecomercioSP
Crescimento do endividamento de famílias nas capitais brasileiras

Em São Paulo e Rio de Janeiro, onde há muitos habitantes, o endividamento é maior, com 2,88 milhões e 2,02 milhões de famílias endividadas, respectivamente. Em áreas fora dos grandes centros, como Vitória e Boa Vista, o número de famílias endividadas também subiu bastante, o que preocupa, pois é importante que as famílias aprendam a gerenciar melhor o crédito.

Belém, no Norte, tem a menor taxa de endividamento (69%) e viu seu índice subir 8 pontos percentuais em um ano.


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