A diretoria do Hospital São Marcos participou de uma reunião na manhã desta segunda-feira (25) com o senador Marcelo Castro (MDB) e os deputados federais Francisco Costa (PT) e Merlong Solano (PT). Na ocasião, a direção da Casa de Saúde apresentou um quadro de dificuldades financeiras que pode inviabilizar a capacidade de atendimento da instituição a pacientes de oncologia em 2025.

Uma das principais queixas da direção é o atraso acima de 10 meses no repasse da prefeitura de Teresina com o hospital, que soma o valor total de R$ 9 milhões. Na reunião, a direção também informou que o Hospital São Marcos perdeu a capacidade de endividamento por conta de empréstimos já realizados. O Hospital é responsável por 100% dos atendimentos oncológicos infantis piauienses realizados pelo Sistema Único de Saúde no Piauí, e 98% dos pacientes oncológicos adultos no estado.

Por meio de nota encaminhada ao O DIA, o Hospital São Marcos afirmou que já judicializou à dívida da Prefeitura. “A equipe do Hospital São Marcos está empenhada em, apesar dos atrasos da FMS, manter a prestação do serviço para nossa população com câncer, sempre com transparência para todos os piauienses”, informou.

Questionada por O DIA sobre a informação do Hospital São Marcos, a Fundação Municipal de Saúde informou que “que existe uma ação de cobrança judicial de mais de R$ 30 milhões, que o Hospital São Marcos deve para a Fundação”. O valor seria referente a empréstimos da instituição filantrópica em que a Fundação é avalista, acrescentando que o compromisso da FMS e de qualquer prestador do SUS é garantir o acesso universal e gratuito à saúde para toda a população brasileira.

O Hospital São Marcos rebateu dizendo que não reconhece a dívida informada pelo órgão da Prefeitura de Teresina.

Ao O DIA, o deputado Francisco Costa citou que os hospitais filantrópicos de um modo geral relataram suas dificuldades de custeio dos serviços ofertados e apresentaram pleito a bancada federal de apoio pra manutenção dos mesmos, considerando que os valores hoje recebidos pelo SUS são insuficiente pra manter o custo das unidades. “Comprometemos-nos de levar a solicitação para discussão na bancada federal”, disse o deputado, que é o presidente da comissão de Saúde na Câmara dos Deputados.