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Janja posta foto com Anielle Franco após denúncias de assédio contra Silvio Almeida

Ministro dos Direitos Humanos nega acusações de assédio sexual e pede investigação à CGU, Ministério da Justiça e PGR

06/09/2024 às 09h31

A primeira-dama da República, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, postou uma foto em seu perfil do Instagram nesta quinta-feira (5) em que aparece abraçando e beijando a cabeça da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A publicação ocorre poucas horas após denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, terem sido divulgadas pela organização Me Too Brasil. Segundo as acusações, Anielle Franco é uma das supostas vítimas do ministro.

Janja posta foto com Anielle Franco após denúncias de assédio contra Silvio Almeida - (Reprodução/Instagram) Reprodução/Instagram
Janja posta foto com Anielle Franco após denúncias de assédio contra Silvio Almeida

A foto publicada por Janja nos Stories do Instagram já havia sido compartilhada anteriormente em maio, durante o aniversário de 40 anos da ministra. No entanto, a nova postagem foi interpretada como um gesto de solidariedade a Anielle Franco, diante das acusações envolvendo Silvio Almeida. Na imagem, publicada via stories, Janja aparece beijando a testa de Anielle Franco, mas a publicação não foi acompanhada de texto.

As denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida foram divulgadas pela organização Me Too Brasil, que afirmou ter recebido relatos de várias mulheres, incluindo a ministra Anielle Franco. Entre as acusações, os episódios relatam toques inapropriados e frases de teor sexual. As denúncias, no entanto, foram feitas de forma genérica, sem muitos detalhes públicos, preservando as identidades das vítimas.

Até o momento, Anielle Franco não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias, e o governo continua acompanhando o desenrolar do caso, que envolve um dos principais ministros da Esplanada.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, negou todas as acusações e afirmou, por meio de nota, que as alegações são falsas e têm o objetivo de manchar sua reputação. Ele também solicitou que as denúncias sejam investigadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), pelo Ministério da Justiça e pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O governo federal classificou as acusações contra o ministro como graves e indicou que o caso será apurado de forma rápida.

Confira a nota na íntegra

"Silvio Luiz de Almeida, ministro de estado dos direitos humanos e da cidadania. É natural de São Paulo. Advogado há quase duas décadas, tem intensa atuação nos campo dos direitos humanos.

Graduou-se em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Doutor em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde também realizou suas pesquisas de pós-doutoramento, Silvio tem se destacado nos últimos anos por artigos e livros nas áreas do direito, da filosofia, da economia política e das relações raciais. seu livro “racismo estrutural” é reconhecido nacional e internacionalmente como um dos mais importantes estudos recentes no campo das relações raciais. É professor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e das escolas de administração de empresas e de direito da fundação Getúlio Vargas. Em 2020 foi professor visitante do centro de estudos latino-americanos e caribenhos da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, estados unidos. Já em 2022, foi professor visitante da Universidade de Columbia, no instituto de estudos latino-americanos, em posição anteriormente ocupada por intelectuais como Raul Prebish, Lilia Schwarcz e Milton Santos.

Silvio Almeida também se destaca por sua atuação à frente do Instituto Luiz Gama, organização que visa a defesa jurídica de minorias e à promoção de uma educação antidiscriminatória.

Em 2021, foi relator da comissão de juristas criada pela Câmara dos Deputados para propor o aperfeiçoamento da legislação de Combate ao Racismo Institucional. Em 2022 participou da equipe de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos coordenadores do grupo de trabalho de direitos humanos."


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Com edição de Nathalia Amaral