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Marcelo Castro quer punição rigorosa para financiadores dos atos de 8 de janeiro

O senador piauiense é membro titular da CPMI que vai apurar os ataques de 8 de janeiro contra a sede dos Três Poderes, em Brasília

28/05/2023 às 14h59

27/09/2023 às 05h57

O senador Marcelo Castro (MDB), membro titular da CPMI de 8 de janeiro (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura os ataques contra as sedes dos Três Poderes no início deste ano, defendeu que os trabalhos da comissão se concentrem em investigar muito mais os financiadores dos ataques do que as pessoas que praticam as depredações.

Para o parlamentar piauiense, está evidente antes mesmo do início da CPMI que os atos tiveram uma organização prévia e que contou com financiamento e omissões de alguns servidores públicos da área da segurança pública para facilitar a chegada da multidão nas sedes do Congresso, Executivo e Judiciário.

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“É evidente que houve uma coordenação, um comando, um financiamento, porque saiu ônibus do Piauí, do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná. Como é que combinam para sair? Isso houve uma articulação. No meu ponto de vista, muito mais importante de quem estava na frente, é buscar quem estava atrás, coordenando”, disse Castro.

Senador Marcelo Castro  - (Agência Senado ) Agência Senado
Senador Marcelo Castro

O senador comentou seu histórico de passividade nos debates ao longo de sua trajetória no Congresso Nacional, porém, demonstrou que integrará a “tropa de choque” do governo Lula no embate contra os parlamentares bolsonaristas escalados para assentos na CMPI.

“Sou uma pessoa, por índole, natureza, formação, conciliadora, sempre procuro relevar, perdoar, conciliar. Agora, ataque à democracia, não. Não tem recuo, não tem perdão, não tem reconciliação. Àqueles que praticaram os atos golpistas de 8 de janeiro precisam pagar com os rigores da lei. E, mais do que isso, os que financiaram, os que articularam, os que facilitaram, os que se omitiram, também”, declarou.

A SEMANA NA CPMI

Instalada na semana passada, a CPMI tem sua próxima reunião marcada para esta quinta-feira, 1º de junho. A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), deverá apresentar o plano de trabalho e logo depois a CPMI analisará os requerimentos de convocação e quebra de sigilo telefônicos já apresentados. Juntos, os pedidos já somam 400.

Entre os nomes que tiveram os nomes sugeridos para prestar depoimento, estão dos ministros da Justiça, Flávio Dino; da Defesa, José Muccio; e do ex-presidente Jair Bolsonaro. O governador de Brasília, o piauiense Ibaneis Rocha, também poderá ser convocado.

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