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O mau hálito, também conhecido como halitose, afeta aproximadamente 30% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 69 milhões de pessoas convivem com o problema. Apesar de comum, a halitose ainda é pouco discutida, o que muitas vezes dificulta o tratamento adequado.
Em entrevista ao programa Bom Dia News, da O Dia TV, o dentista Brendo Lorran destaca que o tema ainda é difícil de ser abordado pelas pessoas. “Ainda é um tabu muito grande. As pessoas não conversam muito sobre a halitose, até mesmo com seus dentistas. Muitas vezes, o paciente sente vergonha de mencionar que está com mau hálito”, afirma.
Para mudar esse cenário, campanhas como o Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito, celebrado em 22 de setembro, buscam conscientizar a população sobre as causas e a prevenção desse incômodo.
O que é halitose?
A halitose é caracterizada pelo odor desagradável proveniente da boca, causado por diversos fatores. Segundo a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), 90% dos casos têm origem na cavidade bucal, geralmente relacionados à falta de higiene adequada ou problemas bucais como a periodontite.
“A periodontite, que é a inflamação nas gengivas, pode ser uma das causas do mau hálito. Além disso, o acúmulo de biofilme na língua, uma camada de bactérias e restos celulares, é outra causa comum”, explica Brendo Lorran.
Outros fatores que contribuem para o mau hálito incluem doenças sistêmicas, como problemas gastrointestinais, e até mesmo questões alimentares. “O mau hálito pode ser consequência de problemas no estômago, além de dietas com alimentos fortes, como alho e cebola. A falta de hidratação também agrava o quadro, já que a boca seca facilita o acúmulo de bactérias”, acrescenta o dentista.
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O que causa o mau hálito?
A principal causa da halitose é a má higiene bucal. “Muitas pessoas escovam os dentes, mas esquecem de escovar a língua, que acumula restos de alimentos e bactérias responsáveis pelo mau cheiro”, explica Lorran. Segundo ele, uma escovação correta deve incluir a limpeza da língua, além do uso de fio dental para remover os resíduos entre os dentes.
Outro ponto destacado pelo dentista é a alimentação e a hidratação. “O jejum prolongado ou a falta de ingestão de líquidos podem causar ressecamento na boca, o que favorece a proliferação de bactérias. Por isso, é importante manter-se hidratado e fazer pequenas refeições ao longo do dia, como consumir frutas, que ajudam a limpar a boca”, orienta.
Ele também ressalta que, em alguns casos, o mau hálito pode ser causado por próteses mal adaptadas. “Se uma prótese não está bem ajustada, pode provocar inflamação na gengiva, gerando mau odor. Além disso, o uso incorreto de palitos de dente também pode machucar a gengiva e contribuir para a halitose. O ideal é sempre usar fio dental”, reforça.
Brendo chama a atenção para a importância de identificar a origem da halitose. “Se o mau hálito persiste mesmo com a boa higiene bucal, é preciso investigar outras causas, como doenças gastrointestinais ou metabólicas”.
O tratamento da halitose depende da sua origem. Quando causada por problemas bucais, a solução está em melhorar a higiene e tratar possíveis doenças, como a periodontite. Já em casos mais complexos, é necessário investigar outras causas, como distúrbios digestivos ou metabólicos. “A halitose não tem um tratamento específico, mas é possível controlá-la com medidas preventivas e, quando necessário, o acompanhamento de profissionais de saúde”, finaliza o dentista.
Dicas para prevenir o mau hálito
- Higienização completa: Escove os dentes após cada refeição, não esquecendo de escovar a língua e usar fio dental diariamente.
- Hidratação adequada: Beba água ao longo do dia para evitar a boca seca, que é um dos fatores que agravam o mau hálito.
- Alimentação balanceada: Evite longos períodos em jejum e prefira alimentos que ajudam na saúde bucal, como frutas frescas, especialmente maçã.
- Vá ao dentista regularmente: Consultas periódicas com o dentista são essenciais para identificar e tratar possíveis causas de halitose, como cáries ou problemas gengivais.
Veja a entrevista completa na O Dia TV:
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