Dados da consultoria Close-Up International indicam que mais de 102 milhões de caixas de nimesulida foram vendidas no Brasil no último ano. O medicamento, utilizado no tratamento de dor e inflamação, é o terceiro mais comercializado no país, ficando atrás apenas de losartana e metformina. A substância atua na redução da produção de prostaglandinas, compostos responsáveis por processos inflamatórios. O uso prolongado, no entanto, pode resultar em danos ao fígado, rins e coração.
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Apesar da alta demanda no Brasil, a nimesulida é proibida nos Estados Unidos e em diversos países europeus devido ao risco de toxicidade hepática. Relatos de insuficiência hepática e hepatite fulminante levaram países como Irlanda, Espanha e Finlândia a suspender a comercialização do medicamento. Em alguns casos, pacientes necessitaram de transplante de fígado após o uso da substância.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) iniciou restrições à nimesulida nos anos 2000, culminando na proibição em grande parte da Europa em 2010. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) nunca aprovou o fármaco, citando riscos hepáticos identificados em estudos clínicos e relatos médicos internacionais.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém a autorização para a venda, mas impõe restrições. O medicamento só pode ser comercializado com prescrição médica, o uso deve ser limitado a 15 dias e há contraindicação para crianças menores de 12 anos e pessoas com histórico de doenças hepáticas.
A nimesulida é indicada para o alívio de dores musculares, incluindo distensões, contusões e tendinite, além de dores articulares causadas por artrite e artrose. Também pode ser utilizada em casos de dor de garganta associada a infecções leves, dores de cabeça, enxaquecas e cólicas menstruais. Seu uso para febre é menos frequente. Especialistas recomendam cautela na administração do medicamento e acompanhamento médico para evitar complicações.
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