Muitas pessoas aproveitam o feriado do carnaval para curtir a folia de momo em outras cidades e até estados. Porém, quem tem cão ou gato precisa redobrar a atenção, especialmente para quem vai deixar seu bichinho de estimação em um hotel para pets. Os tutores devem considerar diversos aspectos na hora de levar seu animalzinho para outro ambiente, afinal, isso representa uma mudança de hábitos que pode não ser bem aceita por alguns animais.
A médica veterinária e terapeuta pet, Virgínia Leal, explica que os tutores precisam considerar, antes de tudo, a socialização desse pet com outros animais. Isso porque nem todos estão acostumados a ficar em hotéis ou ter essa interação e contato mais próximo com outros cães e gatos.
“Para o pet que nunca foi [para um hotel] é preciso levá-lo uns dois ou três dias antes, para fazer esse processo de adaptação. Não é um bom momento para fazer a socialização, mas sim a adaptação”, explica. A socialização é o ato de habitual e de acostumar o cão ou gato a vários elementos ambientais, expondo-o a essas situações.
Já se o animal for ficar na própria residência, deve-se buscar um cuidador responsável para fazer o acompanhamento diário. A dica é contratar um pet sitter, ou seja, uma “babá de pet”. Esse profissional é especializado para cuidar do bichinho de estimação durante a ausência de seus tutores. Esse serviço é muito versátil, podendo ser adaptado à rotina do pet e do tutor.
A terapeuta pet reforça a importância de manter os mesmos hábitos do animal, ou seja, passear na mesma quantidade de vezes e hora que o bichinho é acostumado a ir. Desse modo, o animalzinho não sentirá tanto a mudança, gastará energia e reduzirá a ansiedade devido à separação temporária dele e de seu tutor.
No caso dos gatos, é fundamental fazer o enriquecimento ambiental, com diversas tocas, arranhadores e brinquedos. Também é aconselhável deixar uma peça de roupa com o cheiro do tutor, de modo que o animal não se sinta tão isolado e ansioso.
Fique atento à mudança de comportamento do animal
Com a mudança da rotina, cães e gatos podem apresentar alteração na socialização e até na alimentação. Enquanto alguns animais perdem o apetite, outros se isolam. Assim, o pet sitter ou a pessoa responsável, devem aplicar técnicas para deixar esse animal o mais confortável possível.
“Essa pessoa vai precisar entender sobre o comportamento desse pet, brincar mais com ele e saber se ele gosta dessa interação, afinal, é um estranho na casa dele. Alguns vão sentir mais, outros vão sentir menos, ou seja, cada pet reagirá de uma maneira”, acrescenta Virgínia Leal, ressaltando a necessidade de respeitar esse processo do animal.
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Por fim, quem desejar aproveitar a folia de momo ao lado do seu bichinho, a dica da terapeuta pet é levar todos os itens do cão ou gato para a viagem. “Quem for viajar com seu pet, leve tudo que ele tem em casa, seja o comedouro, o bebedouro, a caminha, o tapete e os brinquedos. Precisa saber também se ele é adaptado com viagens longas e sempre lembrar de parar algumas vezes para que ele possa fazer suas necessidades fisiológicas”, conclui.