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Durante agenda em Teresina na manhã desta quinta (21) a ex-deputada federal Marília Arraes fez duras críticas aos últimos atos de xenofobia contra o nordeste. Após a eleição presidencial de 2022, com a derrota de Bolsonaro no nordeste, alguns grupos políticos do sudeste e do sul do país proferiram ataques contra os nordestinos, atribuindo à região o resultado do pleito.
Um estudo da plataforma Safernet, uma ONG que defende os direitos humanos na web, apontou que em 2022 foram registradas 10.686 denúncias de xenofobia na internet, uma alta de 874% em comparação com 2021.
Pernambucana, Marília Arraes é neta de Miguel Arraes, um dos principais políticos brasileiros do último século, que lutou contra o regime militar. Marília chegou a liderar a corrida pelo governo de Pernambuco, porém foi derrotada por Raquel Lyra no segundo turno.
A ex-deputada federal pernambucana elogiou o governo Lula e afirmou que o nordeste pela primeira vez estaria sendo “inserido” na república.
“Aqui no Piauí, especificamente, é necessário que a gente faça esse debate por mais geração de emprego, industrialização, para o desenvolvimento que o estado tem o potencial de ter, como outros estados do Nordeste também. Temos hoje um governo federal que pela primeira vez colocou o pobre na agenda da República. Além do debate pragmático, nós do Solidariedade também temos a responsabilidade de lutar contra as desigualdades do país”, afirmou.
A parlamentar criticou os atos de xenofobia e apontou as regiões do norte e nordeste do país como fronteiras para o desenvolvimento.
“É muito importante que a gente mostre que o Nordeste não é um problema para o país, pelo contrário, a chave para o crescimento está com o desenvolvimento das nossas regiões, do norte, do nordeste. Que a gente possa colocar uma lupa nesta região para trazer o desenvolvimento para o Piauí e o Nordeste”, finalizou.
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