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Piauí registra queda nos casos de dengue, zika vírus e Chikungunya

Foram 7.273 casos notificados em 2023 ao passo que o mesmo período de 2022 registrou 31.323 notificações.

24/09/2023 às 13h36

28/09/2023 às 16h56

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) publicou o 37° boletim epidemiológico de arboviroses do ano de 2023. De acordo com os dados do informe, o Piauí apresentou mais uma vez redução no número de casos notificados de dengue, zika vírus e Chikungunya. O boletim apresenta um comparativo dos registros da 37ª semana epidemiológica com o mesmo período do ano de 2022.

De acordo com os dados da Sesapi, o total de notificações de casos de dengue da 37ª semana epidemiológica de 2023 apresentou uma redução de 76,8% em relação ao mesmo período do ano de 2022.

Foram 7.273 casos notificados em 2023 ao passo que o mesmo período de 2022 registrou 31.323 notificações.

Miguel leão, Morro Cabeça no Tempo, Barro Duro, Luís Correia e São João da Serra são os cinco municípios piauienses com maior incidência de casos por 100 mil habitantes. Até o momento, em 2023 o estado já registrou quatro óbitos por dengue.

Quatro óbitos por dengue ocorreram entre junho e julho de 2023 - (Arquivo O DIA) Arquivo O DIA
Quatro óbitos por dengue ocorreram entre junho e julho de 2023

No que diz respeito aos casos de zika vírus foram registrados 24 notificações em 2023, já em 2022 foram registrados 155 casos prováveis da doença. Os números representam uma redução de 84,5% no número de notificações, quando comparados os anos de 2022 e 2023. Não houve registro de óbitos por zika no ano de 2023.

Os dados de Chikungunya apontam que o estado teve uma redução de 64,6% nas notificações quando comparamos a 37ª semana epidemiológicas de 2022 com 2023. Em 2022 foram 10.617 registros, já em 2023 o número de notificações atingiu a marca de 4.251 registros. Em 2023 o estado registrou dois óbitos pela doença.

O que é o Zika Vírus ?

É uma arbovirose causada pelo vírus Zika (ZIKV). Arboviroses são doenças causadas por vírus (arbovírus) transmitidos por meio da picada de mosquitos, principalmente fêmeas. O ZIKV foi isolado pela primeira vez em macacos na floresta Zika de Kampala, Uganda no ano 1947. O primeiro isolamento humano do ZIKV foi relatado na Nigéria em 1953. Desde então, o ZIKV expandiu sua abrangência geográfica para vários países da África, Ásia, Oceania e Américas.

A maioria das infecções pelo ZIKV são assintomáticas ou representam uma doença febril autolimitada semelhante às infecções por chikungunya e dengue. Entretanto, a associação da infecção viral com complicações neurológicas como microcefalia congênita e síndrome de Guillain-Barré (SGB) foi demonstrada por estudos realizados durante surtos da doença no Brasil e na Polinésia Francesa.

O que é a Chikungunya

É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya, que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (mesmos mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela, respectivamente).

O que significa o nome?

Significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.

Sinais e sintomas:

Febre acima de 38,5 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. O início dos sintomas pode levar de dois a dez dias para ocorrer. É o chamado período de incubação.

A principal diferença entre a dengue e a chikungunya é a dor nas articulações, muito mais intensa na chikungunya, afetando principalmente pés e mãos, geralmente tornozelos e pulsos. Ao contrário do que acontece com a dengue, não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.

Diagnóstico:

O diagnóstico depende de uma avaliação clínica cuidadosa e do resultado de alguns exames laboratoriais.

Tratamento:

Na fase aguda, o tratamento é apenas dos sintomas. Medicamentos para dor e para febre são indicados para aliviar os sintomas. Manter o doente bem hidratado e em repouso são medidas essenciais para a sua recuperação.

Os sintomas, em geral, desaparecem dez dias após seu aparecimento. No entanto, as dores nas articulações podem persistir por meses. Nesses casos, o paciente deve voltar à unidade de saúde para avaliação médica.

Prevenção:

Como a doença é transmitida por mosquitos, é fundamental reforçar as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas casas e vizinhança. As recomendações são as mesmas aplicadas à prevenção da dengue.

Com informações Sesapi