Porfiria Aguda Intermitente, uma doença genética rara que afeta o sistema neurológico, é o que acomete a jovem Maria Clara Sabóia de 23 anos. Natural da cidade de Luzilândia no Piauí, Maria Clara é estudante de medicina na cidade de Parnaíba e há poucos meses foi diagnosticada com a doença.
A Porfiria Aguda Intermitente é decorrente da deficiência da enzima porfobilinogênio desaminase (também conhecida como hidroximetilbilano sintase), o que se traduz em um distúrbio metabólico raro na produção do heme, um dos componentes fundamentais de várias proteínas importantes do organismo. Segundo médicos especialistas, a doença é herdada devido a um único gene anômalo de um dos pais. O gene normal do outro progenitor mantém a enzima deficiente em metade da concentração normal, o que é suficiente para produzir quantidades normais de heme.
Maria Clara foi diagnosticada com o distúrbio após uma série de episódios da manifestação de sintomas que caracterizam a porfiria. Sua irmã, Maria Arlene Sabóia, relata que tudo começou com dores no corpo e depois o quadro foi se agravando cada vez mais.
Os episódios ocorrem após a puberdade e são mais frequentes nas mulheres que nos homens. Em algumas mulheres, os episódios ocorrem durante a segunda metade do ciclo menstrual. Além disso, durante um episódio, também são constantes o aumento da frequência cardíaca, a hipertensão arterial, a sudorese e a agitação.
Todos esses sintomas, incluindo os gastrointestinais, são decorrentes dos efeitos sobre o sistema nervoso. Os nervos que controlam os músculos podem ser lesados, acarretando fraqueza muscular, a qual geralmente inicia nos ombros e nos braços. A fraqueza pode progredir praticamente para todos os músculos, incluindo os envolvidos na respiração. Podem ocorrer tremores e convulsões.
Hoje, Maria Clara encontra-se hospitalizada em estado grave, mas com os sintomas estabilizados por morfina e soro glicosado. Por se tratar de uma doença rara, a Porfiria Aguda Intermitente não tem cura e para amenizar seus efeitos precisa de um tratamento inicial com o uso de quatro doses de Panhematin, que custa R$ 56.900 cada. Para arrecadar os recursos necessários, familiares e amigos realizam uma vaquinha online e disponibilizam um PIX para os interessados em realizar a doação.
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