Faltando mais de dois meses para o período mais quente do ano, o que chamamos de B-R-O-bró, no entanto, o mês de junho tem sido marcado por alterações climáticas que impactam na vida dos teresinenses. A previsão é que as altas temperaturas se intensifiquem ao longo dos dias.

Márcia Gabriele / O Dia

Valdirene Lucas, motorista de aplicativo

Em Teresina, tem se observado uma temperatura mais amena no turno da manhã e calor intenso à tarde. Que o diga Valdirene Lucas, motorista de aplicativo, que tenta driblar com muita água as ondas de calor.

“Eu ando com o ar-condicionado ligado, mas tem dias que não são suficientes para esfriar. O que faço para me refrescar é tomar muita água durante as corridas. Paro nos supermercados para abastecer a garrafa, senão até adoeço”, comentou.

Segundo Sara Cardoso, climatologista da Semarh, o monitoramento tem mostrado as mudanças climáticas e o que mais tem preocupado os estudiosos são as baixas umidades.

“Com todo o contexto das alterações climáticas, como neutralidade do El Niño e a ascendência da La Niña, nós estamos observando que as umidades baixas têm ficado na casa dos 20%, lembrando que de acordo com a OMS, o ideal para as boas condições humanas de saúde o ideal é que a umidade fique em 60%”, ressalta.

Ondas de calor

A climatologista Sara Cardoso explica que as mudanças climáticas têm acontecido por conta das emissões de gases nos últimos 60 anos, a industrialização, incêndios florestais, mas também devido as configurações urbanas.

“Estamos vivendo em espaços com mais concretos e menos árvores e temos colaborado com esses fatores antrópicos. Como já emitimos muitos gases poluentes, as ilhas de calor estão mais expressivas, em alguns pontos com chuvas extremas e em outros, estiagem mais expressivas e evolução da seca”, comentou.