O encontro traz os habitantes do bioma Cerrado para participarem da CONSULTA acerca do MECANISMO DE DOA�‡�ƒO DEDICADO A POVOS INDIGENAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS NO �‚MBITO DO PROGRAMA DE INVESTIMENTO FLORESTAL �€“ MDD / FIP.
A reunião aconteceu, no New Anápolis Hotel.
O FIP �€“ Programa de Investimentos Florestal tem o objetivo de colaborar com ações que evitem desmatamentos, degradação florestal e que melhore a gestão territorial e ambiental. O recurso vem de um fundo de doação internacional, o Fundo Clima, voltadas para a adaptação às mudanças climáticas.
MDD - MECANISMO DEDICADO DE
DOA�‡�ƒO é
uma iniciativa vinculada ao Programa de Investimento Florestal com o objetivo
de apoiar Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais em suas práticas de gestão
territorial e ambiental. Para além de fomentar essas boas práticas, o MDD busca incentivar a atuação desses
grupos nas agendas nacional e mundial relacionada às mudanças climáticas.
O objetivo do Mecanismo Dedicado de Doação é:
*Potencializar a participação dos povos indígenas e comunidades tradicionais (PICTs) do Cerrado na promoção do uso sustentável, melhorias de gestão de suas terras contribuindo para reduzir a pressão sobre os seus territórios e florestas remanescentes e climáticas.
*Ampliar e fortalecer a capacidade das organizações representativas dos povos indígenas e comunidades tradicionais e participar efetiva e qualificadamente das políticas de conservação florestal e gestão sustentável de recursos naturais, incluindo os processos do MDD, do FIP e outras políticas ligadas á mitigação e adaptação ás mudanças climáticas.
*Beneficiar povos indígenas e comunidades tradicionais apoiando ações por eles demandadas que contribuem para: reduzir a pressão sobre os recursos naturais existentes nos seus territórios; fortalecer suas estratégias de sobrevivência e manejo tradicionais; garantir sua segurança alimentar e gerar renda; e promover localmente a conservação florestal e a gestão sustentável de recursos naturais.
A reunião teve início às 08h00min do dia 08/09/2013 encerrando dia 09/09/2013 as 19h00min com a apresentação dos dirigentes do evento, Julia Trujillo Miros, Luiz Pinagé (Consultores do Banco Mundial), Tatiana Vilaça (Coordenadora de Prevenção de Ilícitos em Terras Indígenas, Coordenação Geral de Monitoramento Territorial FUNAI - sede) e Jânio (MMA), e contou ainda com a participação dos representantes do APL do Buriti �€“ PI a ARIDAS com os assessores Antonio Reis (REIZINHO) e Rosângela (BIEKA) em seguida os participantes se apresentaram falando seus respectivos nomes, e comunidades que representam e suas localização no cerrado.
Participaram do evento representante indígenas, quilombolas e quebradeiras de cocos.
O Piauí foi representado por Quilombolas e Quebradeiras de cocos e pelo o APL do Buriti �€“ PI
A Júlia fez uma apresentação muito bem elaborada sobre o cronograma estabelecido para o evento, em seguida houve uma apresentação do �ndio SR�ŠW�Š da Mata Brito (Nação Xerente) Membro do Comitê Global �€“ MDD �€“ PIF (Coordenador da Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado, MPIC / TO) que falou sobre os movimentos para buscar melhorias para os povos indígenas. Tatiana relatou sobre problemas ambientais e as expectativas globais sobre formas para diminuir alguns impactos ambientais, com benefícios para os povos do Cerrado. Por fim, explicou a origem do recurso a ser investido por meio do MDD em ações que beneficiem esses povos. Jânio, representante do MMA �€“ DF, também ressaltou a importância de levar ao conhecimento desses povos e elaborar junto com eles esse investimento que vem do Fundo Clima, a elaborar os projetos com as comunidades que também são responsáveis em proteger o Meio Ambiente. A índia Arcete Bandeira povo Krikatí (Associação Wyty �€“ Catê) que fez uma apresentação em sua língua oficial (língua G�Š), em seguida traduziu um pouco pois a mesma não fala bem o Português.
O MDD que acontece no Brasil também vai acontecer em outros sete (7) países, havendo previsão de encontros entre os oitos (8) países para discutir os projetos e seus investimentos.
A reunião aconteceu de
forma muito dinâmica e as participações foram bem variadas. Todos os convidados
participaram dando suas opiniões acerca da proposta
apresentada, contribuindo para o processo de consulta estabelecido.
A
�ndia Narubia Werreria do povo Iny
(KARAJ�) da Ilha do Bananal �€“ TO defendeu os direitos dos povos indígenas,
e expressou sua preocupação com a forma de criação dos projetos, pois deve ser
feito com a participação do povo indígena e do cerrado, pois são eles que
conhecem as necessidades reais e as potencialidades de seu povo e de sua
região, fala ainda que esse projeto deva ser incluído somente os povos do
cerrado, pois é a primeira vez que isso acontece, e que esse povo é lembrado em
recursos para investimento na capacitação e em toda estrutura de condições de
executar um investimento embora pequeno pra alguns, porém um tanto satisfatórios
para essa região que nada tem. Assim mostraremos para o Brasil e o mundo que o
cerrado é rico e que nós índios e todos os povos do cerrado somos capazes de
desenvolver as melhorias da terra com nossa cultura e tradição.
QUEBRA �€“ GELO!
O RONALDO DO MARANH�ƒO ENSINOU A TODOS A DAN�‡AR UMA RODA DE CIRANDA E O �NDIO SRITBO �€“ XERENTE, ENSINOU SUAS DAN�‡AS E CANTIGA IND�GENA (V�DEO NO FACEBOOK DESTE BLOGUEIRO)
NOSSA EQUIPE CONVERSOU COM A JULIA; CONSULTORA DO BANCO MUNDIAL E UMAS DAS RESPONS�VEIS PELO EVENTO.
O RESULTADO DA CONSULTA?
Foi bastante proveitoso, esse projeto é bastante diferente, pois é uma das primeiras vezes que esta tendo um projeto iniciando das bases mesmo as necessidades pra serem construídas posteriormente no edital ajunta complementadora todas as coisas postas na hora e não como um projeto que chega já pronto e as comunidades têm que se adaptar e fazer o que o projeto pede e não o que elas demandam, eu acho que foi bem proveitoso, pois podemos adaptar várias coisas que temos pensado inicialmente que agente vai poder transformar bastante esse projeta para que fique com a cara das comunidades do cerrado para que chegue rapidamente os recursos pra elas poderem realizar projetos produtivos por esse bioma cerrado.
O MIXTO DE CULTURAS E FORMAS DE VIDA! ATRAPALHA?
A luta é comum apesar das
diferenças e das peculiaridades de cada um a luta é comum claro que tem as diversidades que precisão
ser respeitadas, mas a luta é uma só, esses projetos essas consultas são os
momentos deles perceberem isso, as convergências e as diferenças podem existir.
Dessa consulta foram escolhidos quatro (4) representantes para defender as propostas em Brasília.
O BLOGUEIRO!
Presenciei um momento histórico e inédito algo que marcou em minha vida, passar dois dias observando a construção de um edital para criação de projetos entre povos bem diferentes e tão iguais, falo do povo indígena que veio de várias regiões do cerrado, cada uma com sua cultura e costumes próprios, como também com os povos quilombolas e ainda as quebradeiras de cocos. Fiquei surpreso com o empenho desses povos em buscar melhorias para os povos em conjunto, tornando todos em uma só vós. Uma adversidade se mostrando o interesse de estarem unidos em busca do mesmo objetivo �€œ melhorar a vida de seus povos�€, sem discussões alteradas e sim com muito respeito entre os convidados, me deparei com cristãos de grandes inteligências e capacidades de comunicação, quem não conhecem esses povos de perto nem imaginam o quanto eles são capazes, abracei a causa e estarei sempre unidos aos nosso irmãos indígenas, quilombolas e seja qual for suas origens, somos todos filhos de Deus e respeito a todos. Parabéns por essa conquista e boa sorte a todos.
VEJA IMAGENS DO EVENTO
PS: MAIS IMAGENS NO FACEBOOK �€“ Josely Ecologista
Fonte: Josely EcologistaEdição: Josely Ecologista
Por: Josely Ecologista