Com um pedido feito pela vereadora Eunice Barros, do PT, e também do vereador Murieel Queiroz, a Câmara de Vereadores de Piripiri realizou na noite dessa terça-feira, 10, audiência pública que tratou do do projeto que propõe a instalação de adutora de engate rápido que levará água do açude Caldeirão para a cidade de Pedro II e Lagoa de São Francisco.

A audiência contou com a presença do presidente da Câmara de Piripiri, Genival Sales, vereadores Domingos Carvalho, Denis Sales, Eunice Barros, Francisco Raimundo (Dr. Nanam), Jôve Oliveira, Luciano Assunção, Reynolds Benício, Murieel Queiroz e Nayla Barbosa; prefeito de Lagoa de São Francisco, Veridiano Carvalho; gerente da regional norte da Agespisa, Antônio Menezes; promotor Nivaldo Ribeiro; secretária de meio ambiente de Piripiri, Meirian Castro; representante do DNOCS, Fernando Porto, além de representantes de associações e outras personalidades.

A secretária do meio ambiente do município Meirian Castro apresentou um levantamento sobre a situação do açude Caldeirão. De acordo com a secretária, existe uma crise hídrica principalmente pela e escassez de chuvas. “A questão hídrica é um dos nossos grandes problemas e reconhecer a questão hídrica como problema e ainda combatê-la com medidas sejam emergenciais, sejam estruturantes, é responsabilidade de todos”, disse a secretária.

Meirian Castro chamou atenção para o alto nível de poluição da água do açude Caldeirão. Para a secretária, são necessárias ações estruturantes em vista a segurança hídrica. Entre elas a secretária citou a construção da estação de tratamento de água das comunidades ribeirinhas do açude, a instalação de módulos sanitários, a substituição do sistema de irrigação por aspersão por outro mais adequado, com menor desperdício de água. “Não é apenas a viabilidade técnica para a transposição, mas também viabilizar essas ações para que se continue a ter um açude que se possa desfrutar”, disse a secretária.

O prefeito de Lagoa de São Francisco, Veridiano Carvalho, disse que Lagoa de São Francisco precisa de água, mas que a transposição de água do açude precisa ser feita de forma responsável, evitando a escassez de água. “Se for preciso que nós tenhamos que ir aos órgãos federais, estaremos juntos aos piripirienses”, disse.

“A adutora, para mim, é uma ilusão. Porque não conhecemos esse projeto para que discutamos”, sentenciou o representante da OAB, Mauro Júnior. “Não adianta cobrir um santo e descobrir outro”, complementou Mauro Júnior.

O presidente da Câmara de Piripiri, Genival Sales, disse que a Estação de Tratamento de Água do Caldeirão já tem verba garantida. Segundo ele, também há projetos para instalação de mais fossas sépticas para as comunidades ribeirinhas do açude. A falta de conhecimento do projeto da adutora não permitiu que a audiência tivesse um efeito conclusivo.

O promotor Nivaldo Ribeiro parabenizou a atuação da Secretaria do Meio Ambiente do Município e disse que abrirá um inquérito civil público para conhecer o projeto. “Se houver algo que possa prejudicar o meio ambiente, vamos questionar”, afirmou o promotor.

Com informações e fotos do portalsemfronteiras/piripirireporter

Por: Eudes Martins