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Os focos de peste suÃna clássica confirmados no Piauà foram debatidos em audiência pública realizada hoje (29) na Comissão do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, sob a presidência do deputado Henrique Pires (MDB). A audiência foi solicitada pelo deputado Gustavo Neiva (PSB).
O parlamentar disse que o objetivo da audiência foi conhecer os problemas e saber as providências do Governo do Estado para erradicar a peste suÃna no municÃpio de Lagoa do PiauÃ. A doença está prejudicando a exportação e a economia local, impondo barreiras comerciais e a necessidade do sacrificamento do rebanho suÃno no municÃpio.
O primeiro a se pronunciar foi o vereador Ilmar Pereira de Alencar, representante da Secretaria de Agricultura do municÃpio de Lagoa do PiauÃ. Ele disse que a preocupação no momento é o pagamento de indenização aos produtores pelo Governo do Estado. Hoje, segundo ele, 70% do pessoal do setor de suÃnos está no prejuÃzo.
O mesmo questionamento foi fortalecido pelo prefeito do municÃpio do Lagoa do PiauÃ, Antônio Francisco de Oliveira Neto. Segundo ele, mais de animais foram abatidos na região por conta da peste mas nenhum foi abatido para consumo e venda dos produtores.
Em resposta aos questionamentos, o Antônio José Pereira, representante da Superintendência de Desenvolvimento Rural do Piauà (SDR), anunciou que o Governo já liberou cerca R$ 200 mil para indenizar os produtores.
ADAPI
Outro ponto bastante debatido durante a reunião foi a situação da Agência de Defesa Agropecuária do Piauà (ADAPI). Segundo Guilherme Takeda, chefe da Divisão de Sanidade de SuÃnos do Ministério da Agricultura em BrasÃlia, a ADAPI tem feito muito com pouco.
“É fato que os servidores são altamente comprometidos com o serviço de defesa sanitária aqui no estado do PiauÃ, mas é fato que temos feito muito com pouco. A falta de material tem comprometido algumas ações nossas e isso precisa ser resolvidoâ€, disse.
Gregório da Silva Costa Júnior, representante do Sindicato dos Servidores da Adapi, também falou sobre a falta de trabalho estrutura do órgão. Os 80 técnicos agropecuários do PiauÃ, segundo ele, “não recebem hora extra, gratificação noturna, alimentação, e não possuem condições especiais de trabalhoâ€.
AnÃsio Ferreira Lima Neto, do Conselho de Medicina Veterinária, disse que é necessário que o Estado encare a defesa sanitária como algo necessário. Ele reclamou de o Conselho não estar sendo informado diretamente das ações de prevenção contra a peste suÃna.
AÃrton Leôncio, da Superintendência do Ministério da Saúde no PiauÃ, presente na audiência, explicou como funciona o processo de auditoria de defesa sanitária animal do Ministério.
Em explicação, o presidente da ADAPI, Bernildo Duarte Val contextualizou a situação da peste suÃna no Estado, dizendo que o Estado do Ceará passou pelo mesmo momento no ano de 2018 e que a ADAPI está realizando todas as ações para prevenir expansão da doença.
IdÃlio Moura, técnico da ADAPI, também explicou que todas as ações estão sendo todas para impedir a expansão doença. Segundo ele, a Adapi está promovendo ações de vigilância e foram inspecionadas 200 propriedades e animais passaram por exames clÃnicos.
O vereador de Teresina AluÃsio Sampaio (Progressistas) esteve presente na audiência e demostrou a preocupação a respeito dos abates clandestinos de animais que acontecem em todo o Piauà e a proximidade da Lagoa do Piauà com Teresina.
Deputados
O lÃder do Governo na Casa, deputado Francisco Limma (PT), disse que o Governo está empenhado em resolver a problemática da peste suÃna clássica no estado, reforçando que o dinheiro para a indenização dos agropecuaristas já está disponÃvel.
A deputada Teresa Britto (PV) cobrou do Estado mais empenho do governo e uma maior estruturação da ADAPI. O deputado Gustavo Neiva (PSB) também pediu mais estrutura para a Adapi para que outras doenças não apareçam no Estado.
Emerson Brandão e Laryssa Saldanha
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Fonte: Alepi Fonte: Alepi