Neste 8 de maio, é celebrado o Dia Mundial do Câncer de Ovário, uma data que visa aumentar a conscientização global sobre essa doença silenciosa e letal, além de incentivar o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado. A campanha, criada por organizações internacionais de saúde, mobiliza governos, instituições médicas e a sociedade civil com o lema: "Ouça seu corpo. Espalhe a informação. Salve vidas."

A data ganha ainda mais significado ao dar voz a mulheres como Dalzinez Soares, de 57 anos, diarista. Em 2021, ela começou a sentir fortes dores no estômago e viu sua barriga crescer sem explicação. Após exames, veio o diagnóstico de câncer de ovário. Em 2024, ela passou por cirurgia e quimioterapia, e agora segue em acompanhamento.
História semelhante viveu Lourdes Maria Monteiro dos Santos, também de 57 anos, moradora de Maceió. “Comecei a sentir dores nas pernas e minha barriga ficou muito inchada. Um cisto virou tumor, e precisei de uma cirurgia urgente”, contou. Hoje, ela realiza tratamento.
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Uma doença silenciosa, mas agressiva
O câncer de ovário representa cerca de 3% das neoplasias que afetam mulheres, segundo especialistas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Embora não seja o mais comum, é um dos mais letais, em razão da dificuldade de detecção precoce.
A médica Inacelli Queiroz, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), alerta: “Apesar de mais raro, ele possui grande agressividade e letalidade. Por isso, a atenção aos sinais e fatores de risco é fundamental”.
Quais são os sintomas do câncer de ovário?
A doença costuma ser assintomática no início, mas alguns sintomas podem surgir com o avanço do quadro:
- Inchaço ou dor abdominal e pélvica
- Dores nas costas ou nas pernas
- Problemas digestivos persistentes
- Perda de apetite ou sensação de estômago cheio rapidamente
Esses sinais são facilmente confundidos com problemas intestinais ou ginecológicos comuns, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Fatores de risco e prevenção
A idade avançada é um dos principais fatores de risco. Além disso, o histórico familiar e mutações genéticas como BRCA1, BRCA2 e síndrome de Lynch aumentam significativamente a chance de desenvolvimento da doença.
Para mulheres com alto risco hereditário, é indicada uma cirurgia preventiva chamada salpingooforectomia bilateral, que remove os ovários e as trompas. “Ainda não há uma forma eficaz de prevenção para a população geral, por isso o acompanhamento médico é essencial”, reforça a médica.
Tratamento disponível pelo SUS
O tratamento é feito de forma multidisciplinar e varia conforme o tipo e o estágio da doença. Os mais comuns incluem:
- Cirurgia para retirada do tumor
- Quimioterapia para eliminar células cancerígenas residuais
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