O maior desfile de caminhões
enfeitados do mundo teve difícil acesso para deficientes devido à falta de rampas de
acessibilidade. Apesar dos empecilhos, a festa conseguiu trazer
alegria para todos.
Fotos: Jailson Soares/ODIA
A cadeirante e universitária Karina Brauna está comemorando seu aniversário de 27 anos no Corso. Este já é seu quarto ano consecutivo como foliã e ela está animada. A universitária sofreu um acidente vascular há alguns anos e têm dificuldades para se comunicar e se locomover, mas mesmo assim não perde a animação. Para seus pais, João Bosco e Assunção Brauna, é uma alegria trazer a filha para a festa. �€œApesar da falta de acessibilidade, é um prazer trazer nossa filha e ver a felicidade dela ao participar da festa�€, conclui.
O cadeirante Jocimar Memória, afirma que a falta de rampas de acesso aos principais pontos da folia na avenida Raul Lopes não interferiu na sua animação. Jocimar sofreu um acidente de carro e perdeu os movimentos das pernas há 20 anos. Casado com Kenia Melo, ele participa pela primeira vez do Corso. �€œMe interessei em participar da festa por causa de alguns amigos que me motivaram e estou adorando�€, afirma.
Conhecida também como uma festa predominantemente jovem, o Corso também atraiu pessoas de maior idade e com animação em dobro. Vindo de São João dos Patos, Maranhão, Pompilho Pereira, 63 anos, passeava admirado entre os foliões mais novos. Fotografando pessoas fantasiadas e caminhões enfeitados, esta é a primeira vez que participa da festa. �€œEu vim fazer consultas na capital e acabei ficando para conhecer o Corso. �‰ uma festa muito bonita�€, afirma.
As crianças também estavam alegres. A avó Vera Neide veio com a neta Ana Beatrice, de 6 anos. Vera mora em São Luís e está visitando alguns parentes na cidade. Ela afirma que as fantasias são o que mais chama sua atenção. �€œA criatividade das pessoas ao escolherem o que usar para vir para cá é incrível�€, afirma.
Edição: Nayara FelizardoPor: Aldenora Cavalcante (estagiária)