O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), votou no começo da manhã deste domingo (02) em São Bernardo do Campo, seu berço político. Ele foi acompanhado dos principais aliados. O candidato comemorou sua liberdade nestas eleições - ele estava preso na última disputa - e afirmou que, se eleito, bolsonaristas fanáticos terão de se adaptar à maioria.
Lula afirmou que este domingo é um dia "mais do que importante" para ele. "Há quatro anos atrás eu não pude votar porque eu tinha sido vítima de uma mentira nesse país e eu estava detido na Polícia Federal exatamente no dia da eleição", disse Lula. "Tentei fazer com que a urna fosse até a cela para eu votar, não levaram. E quatro anos depois eu estou aqui, votando com reconhecimento da minha total liberdade e com a possibilidade de voltar a ser presidente da República desse país", comemorou o petista, que se declarou "muito feliz".
(Foto: Bruno Rocha/Estadão Conteúdo)
Na eleição de 2018, Lula estava preso em Curitiba, cumprindo pena em razão de condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP). Em 2021, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná ao ex-presidente na Operação Lava Jato. Em 15 de abril, o plenário do tribunal referendou, por 8 votos a 3, essa decisão de Fachin. O tribunal determinou que os processos fossem transferidos para a Justiça Federal do Distrito Federal.
Lula deve acompanhar a apuração dos votos em um hotel na região central da capital paulista e, à noite, participa de ato na Avenida Paulista. Segundo ele, a comemoração na Paulista acontecerá independentemente do resultado do pleito.
Bolsonaro fala em eleição limpa “ganharemos com no mínimo 60%”
Ao deixar o Hotel de trânsito militar para votar, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer que tem a certeza de que vencerá as eleições com, "no mínimo", 60% dos votos, caso o processo seja "limpo".
(Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil)
Contrariando as pesquisas de intenção de voto da véspera, Bolsonaro disse que há uma distância "enorme" entre ele e seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Há uma distância enorme entre eu e o outro lado. É a luta do bem contra o mal. O outro lado não conseguiu sair às ruas, não fez campanha. Não tem aceitação, não tem credibilidade", disse.