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Leishmaniose Visceral: conheça os riscos para os pets e as principais formas de prevenção

A infecção se dá quando o mosquito-palha se alimenta do sangue do animal. Especialista explica que as coleiras especiais são a melhor prevenção.

19/06/2023 às 12h26

26/09/2023 às 02h09

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), conhecida popularmente como calazar, é uma infecção parasitária causada por protozoários que atacam o sistema imunológico dos animais. Apesar de ser perigosa, a doença ainda é cercada de alguns mitos e os tutores dos animais que convivem com a doença sofrem com preconceitos. Em entrevista ao Bom Dia News, da O Dia TV, nesta segunda-feira (19), a médica-veterinária, Luana Moura, falou dos riscos para os pets e as principais formas de prevenção.

 Médica-veterinária, Luana Moura - (Assis Fernandes / O Dia) Assis Fernandes / O Dia
Médica-veterinária, Luana Moura

“Algumas pessoas ainda acreditam que o cachorro transmita a doença para o homem ou para outro cachorro, mas isso não é verdade. Essa é uma zoonose e a forma infectante está presente no vetor, o mosquito-palha. Ou seja, a transmissão ocorre quando o mosquito se alimenta do sangue do animal e transmite essa infecção”, esclareceu.

No ambiente doméstico, os cães são os principais acometidos pela doença (mas já existem registros em gatos). Já no ambiente rural, a doença atinge cavalos e raposas. Ainda de acordo com a especialista, o uso de coleiras impregnadas com inseticidas é a melhor forma de prevenir a doença.

“Existem estudos que mostram que o controle da doença por meio da eutanásia não é eficaz, porque você não está lidando diretamente com quem transmite. A coleira pode ser vista como a melhor forma de prevenção. Em 2016 foi implementada uma droga que diminui a carga parasitária”, disse.

FMS realiza encoleiramento de cachorros em Teresina - (Divulgação FMS) Divulgação FMS
FMS realiza encoleiramento de cachorros em Teresina

Como são os sintomas da Leishmaniose?

A Leishmaniose é uma doença crônica que não tem cura. Nos dias atuais, é raro ver animais infectados com sintomas evidentes, por isso os especialistas consideram difícil o diagnóstico da doença. “Como é uma doença imunológica, só de você dar uma boa alimentação, o animal pode já não apresentar sintomas. Quando o animal adoece é que podem aparecer úlceras nos lábios, nariz e nas pontas das orelhas. Também é comum as unhas crescerem e inchaços no abdômen”, continuou.

É importante que os pets sejam acompanhados por um médico-veterinário e realizem testes com frequência. Em caso de teste positivo, o especialista vai prescrever um tratamento com medicação complementar, que vai variar de animal para animal.

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