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Após alta, jovem empurrado de penhasco inicia fisioterapia para recuperar movimentos

Gustavo Henrique Alves Pereira recebeu alta após um mês e quatro dias internado; ele já consegue ficar sentado sozinho, mas tratamento quer devolver movimentos das pernas.

08/05/2025 às 08h52

Gustavo Henrique Alves Pereira, o jovem que sofreu uma tentativa de homicídio após ser empurrado de um penhasco no dia 22 de março, recebeu alta hospitalar após um mês e quatro dias de internação. O jovem já iniciou o tratamento domiciliar com fisioterapeutas para recuperar os movimentos das pernas.Segundo relatos da tia de Gustavo, Cleomar Alves, ao PortaODia.com, não é possível ainda saber se ele ficará paraplégico ou não. Apenas com o decorrer das sessões de fisioterapia é que a equipe que acompanha Gustavo vai dar uma parecer sobre a possibilidade de retorno dos movimentos.

Após alta, jovem empurrado de penhasco inicia fisioterapia para recuperar movimentos - (Reprodução) Reprodução
Após alta, jovem empurrado de penhasco inicia fisioterapia para recuperar movimentos

A tia de Gustavo, Cleomar Alves, deu mais detalhes sobre o estado de saúde do jovem. “No momento ele está bem melhor, porque ele passou um mês e oito dias em que ele nem poderia se movimentar para o lado nem para o outro. Ele começou a sentar. E aí ele está em cadeira de roda por enquanto, porque está na fisioterapia; no momento ainda não tem as pernas não voltaram os movimentos totalmente. A gente está pagando fisioterapia particular para ele. O município só disponibiliza uma vez por semana, então a gente está pagando particular”, afirmou.

Apesar das incertezas sobre a possibilidade de voltar a andar ou não, Gustavo segue em evolução. “Ele está evoluindo, ele já consegue ficar sentado sem alguém estar segurando ele, então ele está evoluindo cada dia, graças a Deus. O risco (de ficar paraplégico) corre, ainda não sabe realmente. Vai depender da fisioterapia”, pontuou Cleomar.

Gustavo Henrique Alves Pereira fraturou as vértebras L1 e L2 da coluna e seu estado é grave. Uma fratura nessas vértebras, localizadas na região lombar da coluna vertebral, pode levar à perda de movimentos, dependendo da gravidade da fratura e de quais estruturas nervosas possam ser afetadas. A L1 e L2 fazem parte da parte superior da coluna lombar, próxima da transição entre a coluna torácica e a lombar. Se a fratura causar compressão ou lesão da medula espinhal ou dos nervos espinhais que se ramificam da região lombar, isso pode resultar em déficits motores, como fraqueza ou paralisia nas pernas (isso dependeria do grau da lesão). Além disso, problemas na função da bexiga e intestinos também podem ocorrer se houver lesão na medula espinhal.

Vítima narrou momentos que viveu após cair de penhasco

A tentativa de homicídio ocorreu no último fim de semana. Gustavo foi empurrado de um penhasco no dia 22 de março por um indivíduo identificado pelas iniciais A. G. A. B.. Ele só foi encontrado no dia seguinte (23) por volta das 8h pelo pai, primos e por alguns populares. Segundo Djaci Alves Pereira, pai da vítima, o suspeito havia levado Gustavo para um mato no sábado por volta das 15h45 e lá empurrou ele rochedo abaixo. Além disso, desferiu pauladas, tentou sufocar a vítima e quebrou o celular. A vítima foi encaminhada para uma hospital de Teresina e, do leito onde está internado, narrou a sua versão do ocorrido.

No local, foram encontrados pertences pessoais da vítima - (Divulgação/PM) Divulgação/PM
No local, foram encontrados pertences pessoais da vítima

“Uma pessoa que eu considerava quase como um irmão pra mim fazer isso comigo. Ele simplesmente tava em um momento de boa comigo. A gente marcava vários rolês, várias coisas. A amizade que a gente tinha era muito forte, mais de sete anos de amizade. Aí não sei porque ele me chamou para a gente ir pra perto da ponte e simplesmente me empurrou lá de cima, sem explicação”, detalhou Gustavo Henrique.

“No começo ele desceu lá pra baixo onde eu estava falando que foi sem querer. Mas depois ele foi mostrando um olhar diferente, falando que a vontade dele era tirar a minha vida, e começou me sufocando com um cordão do short dele, que não deu certo porque o cordão ‘torou’ o cordão. Logo em seguida, ele achou um pau e falou que se não fosse com o cordão ia ser na paulada mesmo. E me deu seis pauladas. Todas as pauladas que ele dava, ele ficava perguntando se eu já estava vivo. Eu cheguei a me entregar, eu falei que esse era o meu destino, e ia aceitar”, narrou a vítima.

Foi aí que o jovem afirma ter se fingido de morto para escapar com vida. "Até que na quinta paulada, eu percebi que não ia resolver. Na sexta paulada, eu fiquei quieto e me fingi de morto; foi a única situação que vi que sairia de lá. E pedi a Deus uma segunda oportunidade. Se fosse para eu morrer, eu ia morrer naquele lugar mesmo, ou se fosse para mim ter sido uma segunda chance, meu pai iria me encontrar no outro dia. Ele (suspeito) foi embora e me deixou naquele lugar sozinho. Eu dormi no mato, todo arranhado. E consegui me alimentar somente com uma planta, que tem lá; consegui sugar um pouco de água que tinha nela e me alimentar”, lembra.

À Polícia Militar, os parentes de Gustavo afirmaram que o suspeito há dias o convidava para ir até aquele local, pois tinha tomado conhecimento que no celular do Gustavo Henrique havia algo "que comprometeria a liberdade de A. G. A. B.". A família foi orientada a registrar boletim de ocorrência na Delegacia de São Miguel do Tapuio para que fossem tomadas as providências cabíveis. Após esse procedimento, as investigações serão tomadas para elucidar o caso. O suspeito foi localizado e está preso.


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