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O Irã anunciou nesta quarta-feira (2) que finalizou seu ataque de 200 mísseis balísticos contra Israel, mas ressaltou que novas retaliações poderão ocorrer caso o governo israelense promova novas ações militares. A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, em uma mensagem publicada na rede social X (antigo twitter).
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Segundo Araqchi, o Irã demonstrou contenção nos últimos dois meses para dar espaço a um cessar-fogo em Gaza, mas sem sucesso. O ataque foi descrito pela missão iraniana na ONU como uma resposta aos "atos terroristas" de Israel e à morte de Hassan Nasrallah, ex-líder do Hezbollah, morto na última sexta-feira (27). A Guarda Revolucionária iraniana confirmou o lançamento dos mísseis e destacou que novos disparos poderão ser feitos, dependendo das ações israelenses.
Após o ataque, o porta-voz do Exército israelense descreveu o incidente como "sério" e afirmou que "haverá consequências". O ataque ocorreu horas após fontes ocidentais indicarem movimentações de Teerã. As cidades de Tel Aviv e Jerusalém foram alvo do bombardeio, que acionou o sistema de defesa aérea israelense, o Domo de Ferro. Em Tel Aviv, foi relatado um impacto direto em um prédio no norte da cidade.
A Guarda Revolucionária Islâmica disparou cerca de 200 mísseis balísticos, em uma operação que coincidiu com o avanço de uma ofensiva terrestre israelense no Líbano. A maioria dos projéteis foi interceptada, com apoio de sistemas norte-americanos. O ataque é parte de uma escalada nos conflitos entre Israel e o Hezbollah, grupo financiado pelo Irã.
A população israelense foi orientada a buscar abrigo, enquanto o espaço aéreo foi fechado temporariamente. Até o momento, não houve registros significativos de danos em prédios, com apenas dois feridos leves relatados pelo governo israelense. No entanto, um ataque terrorista no sul de Tel Aviv resultou na morte de oito pessoas e no ferimento de outras nove, momentos antes do bombardeio iraniano.
Contexto do ataque do Irã a Israel
O ataque com mísseis foi descrito pelo governo iraniano como uma resposta à morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, morto em um bombardeio israelense. Este foi o primeiro grande ataque direto do Irã contra Israel desde a escalada dos conflitos com o Hezbollah, grupo que recebe apoio militar e financeiro iraniano.
O Conselho de Segurança da ONU marcou uma reunião para discutir as implicações do ataque e as possíveis respostas internacionais. Enquanto isso, os Estados Unidos reforçaram sua presença militar na região e declararam apoio ao direito de Israel de se defender.
Reações ao ataque iraniano
Os Estados Unidos destacaram mais tropas e aviões de combate para a região, declarando que continuarão apoiando Israel contra seus inimigos. Grupos armados no Iraque, alinhados ao Irã, ameaçaram atacar bases americanas caso os Estados Unidos se envolvam em uma resposta contra o Irã. No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota condenando a operação terrestre israelense no Líbano, sem mencionar o ataque iraniano.
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