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Os possíveis impactos no clima do planeta com a volta do fenômeno La Niña

Fenômeno atmosférico responsável por invernos rigorosos e secas devastadoras está novamente ativo, mas de forma atípica, já que começou muito tarde.

26/12/2017 14:52

Fenômeno climático responsável por invernos pesados e grandes secas ao redor do mundo, o La Niña está de volta.

Seus efeitos serão sentidos por vários meses. E, segundo especialistas ouvidos pela BBC, trará também riscos de formação de novos furacões no oceano Atlântico.

A versão deste ano, observam, é bastante atípica.

Imagem de satélite mostra que o fenômeno La Niña voltou; meteorologistas dizem que ele está mais fraco (Foto: Cortesia de William Patzert)

"Desta vez o La Niña chegou muito tarde, no outono (do Hemisfério Norte), e não está claro se continuará se intensificando ou se irá se enfraquecer ainda mais, como aconteceu no inverno passado", diz William Patzert, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da Nasa, a agência espacial americana.

Segundo Patzert, o fenômeno costuma aparecer no verão do Hemisfério Norte, intensificando-se no outono e no inverno. Neste ano, porém, os primeiros efeitos começaram a ser notados apenas em novembro.

Mas o que é o La Niña e como os especialistas constatam que ele está novamente ativo?

El Niño

De acordo com Juan Carlos Cárdenas, meteorologista da empresa de prognósticos climáticos The Weather Company, para entender o La Niña é preciso explicar o fenômeno Enos (El Niño - Oscilação Sul), do qual ele faz parte.

Quando o El Niño está ativo a água do oceano na zona equatorial está mais quente (Foto: Cortesia de William Patzert)

"O El Niño é uma oscilação atmosférica que causa o enfraquecimento dos ventos alísios (que ocorrem nas regiões subtropicais) no hemisfério sul do Pacífico. Esses ventos, quando são normais, arrastam as águas superficiais desde a costa até o oceano, e isso faz com que as águas geladas das profundidades surjam ali", explica.

Essa água gelada, diz, é normal na zona equatorial da costa da América do Sul.

"Quando esses ventos alísios se enfraquecem, esse processo cessa, a água quente se acumula e se produz um aumento da superfície do mar, principalmente na costa do Peru e do Equador."

Quando esses ventos alísios são muito fortes e a subida das águas geladas é reforçada na zona equatorial, acompanhada de uma temperatura do mar abaixo do normal, aí começa a manifestar-se o La Niña.

Cárdenas comenta que também há a "zona neutra", na qual nos encontrávamos há pouco tempo, em que nenhum dos dois eventos estão notavelmente ativos e as temperaturas permanecem na média.

Ele acrescenta que, geralmente, os centros meteorológicos podem determinar com antecipação quando a oscilação do sul mudará de sinal.

Um dos sintomas é a diferença da pressão atmosférica e os ventos que estão associados a ela. É o primeiro sinal que aparece antes da mudança de temperatura do mar.

O fenômeno El Niño esteve fortemente ativo entre 1997 e 1998 e entre 2015 e 2016 (Foto: Cortesia de William Patzert)

"Quando esses sinais começam a ser detectados, sabe-se que o La Niña ou o El Niño podem ser produzidos", diz.

Os efeitos de um e outro, que vão desde secas a inundações, de chuvas a furacões, dependerão sempre da zona da oscilação: podem produzir secas na América Latina ou na Austrália e ilhas do Pacífico e nevascas intensas no norte dos Estados Unidos.

Mas quais são as previsões para essa nova ativação do La Niña?

O que pode acontecer

O meteorologista Patzert diz que é muito cedo para fazer previsões, mas, segundo ele, tudo indica que o La Niña está muito tranquilo este ano.

"Mesmo que tenha sido incomum sua aparição nessa época, ele tem se mostrado enfraquecido e não há sinais de que possa se intensificar", afirma.

Algo similar aconteceu no ano passado, em que um tardio La Niña se manifestou por alguns meses e logo desapareceu, sem grandes consequências no clima mundial.

"Temos que esperar. O inverno deste ano na região norte dos Estados Unidos, por exemplo, parece ter se adiantado, e é algo que costuma estar associado a esse fenômeno", diz o especialista.

"Também são previsíveis secas no início do ano na zona sul dos Estados Unidos e na zona equatorial da América Latina", diz.

Patzer acredita que mesmo que o La Niña se intensifique nos próximos meses, seus impactos sobre o clima mundial não seriam tão intensos como aconteceu com o El Niño entre 1997 e 1998.

"Ali houve uma ativação muito intensa também do La Niña. Entretanto, seu comportamento nos últimos tempos tem sido muito incomum. Após a nova ativação do El Niño em 2015 e 2016, o La Niña tem se mostrado especialmente fraco", diz.

"Ele está se comportando de uma forma muito atípica, então tem que haver cuidado em prever qual será o impacto neste ano. Por enquanto, o La Niña começou tarde e muito fraco."

29 COMENTÁRIOS

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RECENTESPOPULARES

Crítico

2017-12-26T12:41:14

hahaha, esses meteorologistas são umas figuras. Eu, sinceramente, não acredito em nada disso. Eles falam uma coisa e acontece outra. Aí quando algo realmente está acontecendo ele "avisam" ou "preveem"...

1310

Elkho Melown

2017-12-26T14:47:03

Tem uma dona, uma tal de Laura... de uma determinada rádio que não acerta uma. Tadinha!

03

Junior Soares

2017-12-26T15:20:19

Estuda só um pouquinho que talvez , somente talvez voce entenda.

30

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Max Gunther

2017-12-26T12:59:44

Aquecimento global existe, mas não pela ação do homem.

1318

L Cameron

2017-12-26T13:04:07

nem pela da mulher.

1110

Elkho Melown

2017-12-26T14:46:23

Nem tão pouco pelos "entendidos" e afins. Ui!

21

Cornélio Pinto

2017-12-26T12:34:54

Olha Sinceramente Amo a La Nina, OK.

134

VER MAIS 3 COMENTÁRIOS

Flavia

2017-12-26T14:01:28

Este espaço tem muito idiotizado, qualquer assunto é motivo de troll. Aquecimento e desaquecimento já foi desmentido por especialistas, a qm a globo acha que engana? Nem li toda matéria, só vim visitar a parte idiota do mundo.

07

Elkho Melown

2017-12-26T14:45:42

Amo o frio! Ou seja, amo, também, a La Nina, Ok?!

02

José Santana

2017-12-26T14:35:00

Eles explicam de uma maneira complicada,é só falar que a superfície de uma grande área do Pacífico/equatorial sobe uns quatros graus acima da média ocorrendo o efeito El NiNO, que altera o clima no continente Americano, e quando abaixa uns quatro graus o La NINA ,que nos ferra legal,trazendo secas intensas no Sul e chuvaradas no Norte do Continente Sul Americano ! Obedecendo as estações relativas logicamente !

61

Elkho Melown

2017-12-26T14:22:16

Oh, pequena criança (humanidade) que crê que muito sabe, mas pouco conhece. Eis que Eu (A Mãe Natureza) estou aqui para provar que tu és pequeno, minúsculo diante de mim e que tudo o que fizeste contra o Meu Ser nada significa diante do que posso, e vou, fazer perante seus olhos. Faço isso a milênios, de tempos em tempos e é chegada a hora de você, meu filho, sentir frio quando acreditava poder se aquecer.

31

Luciano Gomes

2017-12-26T12:34:01

Aquecimento Global não existe.

2834

VER MAIS 4 COMENTÁRIOS

Flavia

2017-12-26T14:08:05

Ser supremo, pesquise antes de comentar, deixe de ver novelas, passará menos vergonha.

11

Lucas

2017-12-26T14:21:07

É meu corpo que esfriou e por isso estou sentindo mais calor...

01

Tiago Lira

2017-12-26T13:06:59

nao acredito em aquecimento global causado pelo homem, mas nao sou terraplanista, povo bobo acha q tudo o q eles acreditam é bobagem, nem tudo, pesquisem o nome Ricardo Felicio

107

Ronald Cordeiro

2017-12-26T14:01:10

Concordo Tiago... O homen também não foi a Lua... Nem tem La Nina lá, e as fotos da bandeira estão astiadas na Lua... rsrsrs

32

Flavia

2017-12-26T14:05:22

Vdd tiago, já li sobre. Leio tmb sobre as doenças, tá calor, a dengue ta férias.

10

Stifler

2017-12-26T12:38:55

Bota na conta do Nazista do Trump

724

VER MAIS 1 COMENTÁRIO

Ronald Cordeiro

2017-12-26T14:02:22

Dá-lhe Mussum... kkkkkk

10

Flavia

2017-12-26T14:03:34

To falando, mais um bestializado alienado global que acredita que trump é do mal.

21

André Fetel

2017-12-26T13:05:24

O universo se renova e isso faz parte desta renovação.

74

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Fonte: G1
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