O Vaticano confirmou que o papa Francisco foi vítima de insuficiência cardíaca seguida de um acidente vascular cerebral (AVC). A informação foi divulgada oficialmente horas após o falecimento do pontífice, que tinha 88 anos.
Francisco morreu por volta das 7h35 (horário local), em sua residência na Casa Santa Marta, dentro da Cidade do Vaticano. Segundo o boletim médico divulgado pela Santa Sé, o agravamento do quadro de saúde do papa foi repentino, mas relacionado a uma série de complicações que ele enfrentava nos últimos meses.

O líder da Igreja Católica havia sido internado no início de fevereiro com um diagnóstico de bronquite. Posteriormente, exames revelaram uma infecção polimicrobiana e, dias depois, pneumonia nos dois pulmões. Ele permaneceu hospitalizado por 38 dias e teve alta em 23 de março. Desde então, se recuperava sob cuidados médicos.
A causa da morte reforça as preocupações que vinham sendo levantadas sobre o estado de saúde do pontífice. Nas últimas semanas, ele havia reduzido sua participação em celebrações públicas e chegou a pedir que auxiliares lessem sermões durante missas por conta da dificuldade de respirar.
Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa latino-americano da história, liderou a Igreja por quase 12 anos e ficou conhecido por sua postura de diálogo, simplicidade e defesa dos mais vulneráveis. O anúncio oficial de sua morte foi seguido por comoção entre fiéis que estavam no Vaticano durante o feriado da Páscoa. O sino da Basílica de São Pedro tocou para anunciar a notícia, em meio a orações e homenagens espontâneas.
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As cerimônias fúnebres já começaram na tarde desta segunda-feira. O corpo será velado na Basílica de São Pedro a partir de quarta-feira (23), e o sepultamento ocorrerá na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma — e não na Basílica de São Pedro, como é tradição. A última vez que isso aconteceu foi com Leão XIII, em 1903.
O que é AVC e quais são os sintomas?
O AVC é uma das principais causas de morte entre idosos e pode ocorrer quando há obstrução ou rompimento de vasos sanguíneos no cérebro, afetando áreas responsáveis por funções vitais. No caso de Francisco, o episódio foi agravado por uma condição cardíaca preexistente, o que tornou o quadro clínico mais delicado.
A insuficiência cardíaca compromete o bombeamento do sangue e pode reduzir o fluxo adequado para o cérebro, aumentando o risco de um AVC. Em pacientes com histórico de infecções, como pneumonia, o risco é ainda maior, já que o organismo está mais fragilizado.
Existem dois tipos principais: o AVC isquêmico, causado por obstrução de vasos sanguíneos, e o AVC hemorrágico, quando há sangramento cerebral.
Os principais sintomas incluem:
- Fraqueza ou dormência em um dos lados do corpo
- Dificuldade para falar ou entender o que as pessoas dizem
- Alterações na visão
- Tontura ou perda de equilíbrio
- Dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente
Ao identificar esses sinais, é essencial procurar atendimento médico imediatamente. O tempo é um fator determinante para o tratamento e recuperação.
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