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Piauí terá força-tarefa para combater o desmatamento no Cerrado

Levantamento do Governo Federal aponta que o Piauí está na área brasileira que concentra quase 75% do desmatamento no Cerrado.

30/03/2024 às 15h47

30/03/2024 às 15h47

O avanço do desmatamento no Cerrado levou o Governo Federal e mais sete estados com o Distrito Federal a criarem uma força-tarefa para preservação do bioma. O objetivo do grupo é levar os estados a desenvolverem suas próprias plataformas de acompanhamento da situação dos imóveis rurais, unificar dados e tomar decisões no sentido de combater o desmatamento nas regiões do Cerrado Brasileiro.

O Piauí faz parte do projeto. É que, segundo o levantamento feito pelo Governo Federal, a situação mais grave com relação ao desmatamento do Cerrado está nos Estados que formam a chamada área do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Esta é a nova fronteira agrícola brasileira e responde por quase 75% do desmatamento do Cerrado.

Piauí terá força-tarefa para combater o desmatamento no Cerrado - (Thomas Bauer/Instituto Sociedade, População e Natureza) Thomas Bauer/Instituto Sociedade, População e Natureza
Piauí terá força-tarefa para combater o desmatamento no Cerrado

O Cerrado é o bioma fonte de 40% da água doce do Brasil e o seu desmatamento aumentou 19% no começo deste ano em comparação com o mesmo período de 2023. Os dados do Governo Federal mostram que dos 52 municípios responsáveis por metade dos desmatamentos, 50 deles estão no Matopiba. Daí a necessidade de criar uma força-tarefa no Piauí para combate a destruição do bioma.

Essa força-tarefa foi criada em reunião no Palácio do Planalto entre o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e os governadores do Maranhão, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, a vice-governadora do Distrito Federal e o secretário de Meio Ambiente da Bahia.

Também estiveram presentes na reunião os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

Além da criação de uma força-tarefa com a participação direta dos próprios governadores, as ações propostas incluem um trabalho de unificação das bases de dados dos estados com Governo Federal. A ideia é retomar a alimentação do Cadastro Ambiental Rural e cruzar informações por meio de um grupo de trabalho entre ministros e governadores que se reunirá periodicamente para acompanhar os dados e tomar decisões.

“A grande participação dos governadores é uma demonstração de que o problema será resolvido em um pacto que envolve o governo federal, os governos estaduais, envolve o setor produtivo, a sociedade civil e a comunidade científica”, explicou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Marina Silva é ministra do Meio Ambiente - (Lula Marques/Agência Brasil) Lula Marques/Agência Brasil
Marina Silva é ministra do Meio Ambiente

Segundo a ministra, a pasta vem acompanhando a diminuição no volume de água dos rios e outros problemas que podem criar situações graves em relação aos processos econômicos para a agricultura familiar e o agronegócio.

O Ministério do Meio Ambiente informou que o apoio dos estados na força-tarefa pode garantir a liberação de recursos do Fundo Amazônia para financiar ações, considerando que até 20% dos recursos podem ser aplicados em medidas de monitoramento e controle em outros biomas.

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Com informações da Agência Brasil