Na manhã desta quarta-feira (6) a Polícia Federal do Piauí (PF-PI) deflagrou a Operação Smart Fake, com o objetivo de desarticular grupo criminoso responsável por fraudar operações de crédito para pessoas jurídicas junto à Caixa Econômica Federal.
Como funcionava o esquema criminoso?
A investigação começou após a denúncia de um empresário de Teresina, que relatou a solicitação de um crédito fraudulento em nome de sua empresa, intermediado por um terceiro, com faturamento falsificado e sem intenção de pagamento. A partir da identificação do intermediário, foram descobertos outros contratos irregulares, firmados desde 2022.
Além da falta de pagamento dos empréstimos contraídos pelas empresas junto à Caixa, foram detectadas movimentações suspeitas em suas contas, e vários CNPJs estavam baixados ou inaptos na Receita Federal após o uso do crédito. Durante a investigação, foram identificados 179 contratos suspeitos, firmados com 115 CNPJs diferentes. Algumas empresas se destacaram pelo volume de empréstimos inadimplentes, acima de R$ 800 mil por CNPJ. O prejuízo total aos cofres públicos ultrapassa R$ 20 milhões.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de estelionato qualificado, organização criminosa, falsificação de documentos, além de outros que venham a ser identificados no decorrer da investigação.
Mais de 50 policiais federais cumprem 16 mandados judiciais, sendo quatro mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão em Teresina/PI, Pedro II/PI e Timon/MA, além do sequestro de bens dos investigados. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª vara da Justiça Federal da capital piauiense.
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