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Trabalhadores informais invadem praças e ruas do Centro de Teresina

Sem vagas no mercado de trabalho formal, uma massa de trabalhadores teresinenses buscam espaço nas ruas da Capital.

10/02/2020 08:55

Cresce a cada dia que passa o número de pessoas que ocupam áreas movimentadas no Centro comercial de Teresina para comercializar uma variedade de produtos ou prestar algum tipo de serviços, como a venda de bijuterias ou a aferição de pressão arterial. Essa situação reflete o cenário econômico do Brasil devido aos índices elevados de desemprego. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que o país fechou 2019 com 38,4 milhões de trabalhadores na informalidade - 41,4% da população ocupada, recorde na série histórica.

As praças João Luiz Ferreira, Rio Branco e da Bandeira são as preferidas dos vendedores ambulantes e prestadores de serviços, por serem de maior circulação de pessoas de segunda a sábado. Além desses espaços públicos, esses comerciantes informais ocupam também as calçadas nas ruas Simplício Mendes, trecho da Praça Saraiva até a Rua Areolino de Abreu, e Álvaro Mendes, compreendendo o espaço da Rua Barroso até a Rua David Caldas.


Trabalhadores buscam nas ruas o sustento de suas famílias - Foto: Jailson Soares/O Dia

Os primeiros a chegar nesses pontos de vendas ambulantes da cidade são vendedores de café e leite, com seus carrinhos ocupados por garrafas térmicas, bolos e cuscuz de milho e arroz. Essas pessoas têm como clientes aqueles que saem de bairros distantes da periferia logo cedo da manhã para o centro comercial e buscam o melhor espaço para se instalar e expor seus produtos. Existem ainda, os vendedores de variedades (cueca, calcinha, meia, bolsa, brinquedos entre outros objetos) e ainda os que comercializam alimentos como suco de laranja, água de coco, açaí, mingau, caldo, biscoitos e frutas tropicais. Já a partir das 11 horas aparecem os vendedores de quentinhas, o preço varia entre R$ 5,00 a R$ 8,00.

As pessoas ainda encontram nesses espaços públicos, prestadores de serviços como sapateiros e profissionais especializados no conserto de célula, relógio e até mesmo aqueles que realizam a aferição de pressão arterial. Além disso, têm aqueles que comercializam remédio caseiro produzidos com raízes ou óleo extraídos de plantas nativas das regiões Norte e Nordeste. Esses prestadores de serviços são encontrados instalados em frente a lojas principalmente nas ruas Álvaro Mendes e Simplício Mendes, todos em busca do sustento familiar.

A Praça Rio Branco, localizada bem no centro comercial de Teresina é a que possui maior fluxo de circulação de pessoas. Logo nas primeiras horas da manhã se torna a principal área da informalidade na Capital piauiense. No local, de um lado, estão os prédios da Receita Federal, a Igreja Nossa Senhora do Amparo e o Luxor Hotel e, do outro lado da praça, uma agência da Caixa Econômica Federal, a Conselheira Saraiva, uma das mais movimentadas da cidade, razão que justifica o comércio informal e da prestação de serviços em toda área e imediações.

Para Euder Mendes Vilanova e Silva, supervisor de Disseminação de Informações do IBGE, garante que a informalidade é uma realidade numa conjuntura econômica que vive o país onde o índice de desemprego ainda é bastante elevado. Para muitos desempregados, a informalidade é uma saída para garantir o sustento do dia a dia. "Em breve, o IBGE estará divulgando dados da informalidade com números do Piauí", revelou a O DIA.

Por: Luís Carlos Oliveira, do Jornal O Dia
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