Durante o pleito municipal de 2024, neste domingo (06), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI) realiza, no Iate Clube Teresina, o primeiro teste de integridade com e sem biometria nas urnas eletrônicas. No teste, são avaliados a segurança e o perfeito funcionamento do aparelho.  O procedimento está sendo realizado durante todo dia de votação e envolve o Teste de Integridade em 20 urnas sorteadas de seções eleitorais do estado do Piauí.

Utilizando eleitores voluntários, o teste de integridade é realizado em dois locais distintos de Teresina. Dentre as 20 urnas auditadas, 18 serão submetidas ao teste sem o uso de biometria, enquanto as outras 2 passarão pelo procedimento com a utilização da biometria dos eleitores, em uma novidade para este ano. As urnas com biometria foram escolhidas entre as seções eleitorais do Colégio CEV, localizado próximo ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), facilitando o suporte técnico. Já as urnas que passarão pelo procedimento sem biometria está sendo realizado no IATE Clube de Teresina.

Victor Costa / O DIA

Teste de integridade em urnas eletrônicas realizado pelo TRE-PI

O processo começou no sábado, 5 de outubro, com o sorteio das urnas e a preparação de cédulas de papel que simulam a votação oficial. Durante o teste, esses votos em papel serão digitados nas urnas auditadas e filmados, possibilitando o confronto entre os resultados eletrônicos e manuais. A Polícia Militar é responsável pela segurança das urnas, que são transportadas de diversas regiões do estado para a Capital.

“Estamos trabalhando com 80 colaboradores externos, todos servidores do Ministério Público ou do Judiciário. Além disso, temos treze membros em nossa comissão, e os auditores que estão cumprindo seu papel, totalizando cerca de 115 pessoas envolvidas nessa auditoria", explica o analista judiciário do TRE, Luiz Fortes

Segundo a juíza Elvira Pitombeira, Presidente da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica, os testes servem para comprovar a segurança das urnas eletrônicas, contando com o apoio do próprio eleitor para corroborar com isso.

"Nesse processo, o eleitor vota normalmente na sua seção eleitoral e, depois que ele vota, de posse do seu comprovante, ele é convidado a participar desse teste de integridade. Depois disso, ele pode observar o procedimento que é auditado para que eles possam confiar no trabalho que é desenvolvido pelas urnas eletrônicas.

É importante salientar que o teste de integridade não tem ligação direta com a votação do pleito municipal. Os votos não são computados para nenhum candidato que concorre aos cargos públicos nesta eleição.

"São duas seções de biometrias que foram escolhidas para a realização desse teste de integridade. Não tem nada a ver com a outra votação, que funciona normalmente. A gente convida os eleitores e eles comparassem dependendo da própria vontade", disse a magistrada.

A promotora Cleia Pitombeira, titular da 1ª Zona Eleitoral e representante do Ministério Público, comentou sobre a abrangência do projeto. “Esse é um projeto do TSE, em que todos os estados da Federação estão realizando auditorias simultaneamente no mesmo horário da votação. Aqui, a urna já estava pronta para ser utilizada, e os mesários estão participando da simulação de votação. Utilizamos os mesmos dados que estão no caderno de votação para abrir a urna e, ao final dos trabalhos, todos os resultados serão conferidos.” A promotora reforçou que o objetivo é garantir a confiabilidade do sistema eleitoral.