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Geovanna Gabriely de Sousa Conrado, irmã da cantora Aline Conrado, ex The Voice, teve alta do hospital nesta terça-feira (5), após 10 dias internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A adolescente de 12 anos foi baleada com tiro de fuzil durante abordagem de policiais militares do Maranhão no último dia 27 de agosto. Devido ao ferimento, Geovanna precisou passar por uma cirurgia e teve parte do seu intestino removido após complicações.
Nas redes sociais, o pai da adolescente, Sérgio Conrado, registrou o momento em que sua filha chega em casa. Pelas imagens, é possível perceber que Geovanna se emociona ao ver a rede de apoio de familiares, amigos e vizinhos presentes no momento de sua chegada. “Só tenho a agradecer a Deus”, diz o pai. (Veja o vídeo abaixo)
A partir de agora, a jovem deve continuar o processo de recuperação em casa, incluindo tratamento fisioterápico e psicológico.
Relembre o caso
A garota de 12 anos foi atingida durante uma desastrosa abordagem de policiais militares lotados no 11º Batalhão da PM de Maranhão, que se deu na noite do dia 27 de agosto, na zona sudeste de Teresina. Os agentes estavam realizando rondas em busca dos suspeitos de assassinar o sargento da Polícia Militar do Maranhão, Carvalho Júnior, quando teriam visto um veículo “suspeito” e passaram a seguir o mesmo. No carro, encontrava-se a adolescente, seu pai e sua mãe. A família estava voltando de uma apresentação musical.
De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os policiais estavam à paisana e em um veículo descaracterizado. Ao se aproximarem da rotatória da BR-343 e pararem no semáforo, os policiais interceptaram o carro da vítima e desferiram cerca de oito disparos contra a família. Durante a ação, Geovanna Gabriely acabou sendo baleada no estômago com um tiro de fuzil.
PMs foram afastados do serviço
Diante da repercussão do caso, a Polícia Militar do Maranhão informou que deu início a um inquérito policial para investigar a conduta dos policiais. Além disso, os policiais militares envolvidos foram afastados de seus serviços nas ruas. Conforme a corporação, as apurações serão conduzidas pelo Comando de Policiamento do Interior (CPAI) e, se comprovados excessos, os envolvidos enfrentarão penalidades legais.
No Piauí, o caso também está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Conforme o delegado Bruno Ursulino, o DHPP intimou os PMs para depor e apresentarem o armamento utilizado para perícia. A investigação busca esclarecer se a ação foi orientada por ordens legais ou se os policiais agiram de maneira independente.