O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Teresina, o ex-deputado Cícero Magalhães, descartou qualquer possibilidade de os parlamentares petistas aderirem à base de apoio do prefeito eleito da capital, Dr. Silvio Mendes (União Brasil). Em entrevista ao O Dia, nesta terça-feira (22), Magalhães foi enfático ao negar uma possível aliança entre o PT e o novo gestor, que comandará a cidade pelos próximos quatro anos.
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Questionado sobre uma eventual adesão dos vereadores petistas à base de Silvio Mendes, Magalhães declarou que essa hipótese está fora de cogitação e ressaltou o antagonismo entre os dois grupos políticos.
![Cícero Magalhães, presidente municipal do PT - (Assis Fernandes / O DIA)](https://portalodia.com/storage/images/Mb31nByVAfwFgnm6HShl0bTAtXi1By7yMMm3DjTf.jpg)
“Na visão do Partido dos Trabalhadores nós não temos mais essa disposição de ficar apanhando por causa de decisões equivocadas dos nossos parlamentares. Nossos parlamentares têm a liberdade de votar no candidato a presidente da Câmara, das Assembleias ou do Congresso, desde que não venha a ferir os estatutos do partido. Mas não tem como os vereadores de Teresina, por exemplo, fazer uma composição com o prefeito Silvio Mendes. São dois programas completamente antagônicos”, afirmou.
Magalhães alertou que, caso algum parlamentar do partido manifeste apoio a Silvio Mendes, o diretório municipal do PT se posicionará contra.
“Nós vamos acabar com essa situação: quem foi eleito na oposição fica na oposição e quem foi eleito na situação fica na situação”, pontuou.
O ex-deputado destacou ainda que, em casos específicos, como a eleição para a Mesa Diretora da Câmara de Teresina, a bancada petista poderá apoiar nomes de outros partidos políticos, especialmente dos ligados ao governador Rafael Fonteles (PT). Ele citou a possível recondução de Enzo Samuel (PDT) à presidência da Câmara como um exemplo de apoio aceitável, desde que dentro dos limites discutidos pela bancada.
“Olha o presidente da Câmara Municipal. Se Enzo Samuel está na base do governador Rafael, foi leal até o último minuto da candidatura de Fábio Novo e a nossa bancada decidir de apoiá-lo para uma recondução para a Câmara Municipal, se não houver uma outra discussão entre os membros parlamentares de uma outra formatação eu não vejo nada demais (apoiar o Enzo Samuel)”, declarou.
Antagonismo com grupo de Ciro Nogueira
Durante a entrevista, Magalhães também criticou o grupo político liderado pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas), ao qual Silvio Mendes é aliado. Ele reforçou a oposição entre os projetos políticos representados por Fábio Novo, o governador Rafael Fonteles e o presidente Lula, em contraposição a Silvio Mendes, Ciro Nogueira e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Fábio Novo é Rafael e Rafael é Lula. Silvio é Ciro e Ciro é Bolsonaro. O que a gente vê é o Ciro todo dia achando defeito no melhor governador do Brasil, não é eu que digo e nem o Rafael, são as pesquisas”, concluiu.
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