A família do pequeno Davi Lucas, de seis anos, está fazendo uma vaquinha virtual para custear o tratamento da criança. Ele ficou conhecido após ser vítima de um caso que chocou o Brasil em 2022. Davi foi torturado, aos 4 anos, pela madrasta Beatriz Matos Rodrigues, com a conivência do pai, Cleiton Augusto Carvalho, de acordo com a denúncia da mãe Fábila Kêmila. Os pais estavam separados e tinham a guarda compartilhada do filho. 

Reprodução

Mãe Fábila Kêmila busca ajuda para o filho, após ser torturado pela madrastra em 2022.

Em um fim de semana em que ele foi passar na casa do pai, após as agressões, o pequeno foi parar em um hospital de Manaus – onde a família vivia – em coma. Desde então, as sequelas deixadas pela falta de oxigenação no cérebro, fizeram ele parar de falar, de se movimentar e passa por um processo de enrijecimento dos músculos.

Davi precisa fazer terapias intensivas para ter uma qualidade de vida melhor, fora de Manaus e outros tratamentos que a mãe não consegue custear sozinha. Ele usa uma traqueostomia para ajudar na minha respiração e se alimenta por sonda enteral devido as sequelas. As mãos estão atrofiadas e as pernas também. A mãe e a criança ganharam a cirurgia em Teresina, que será feita pelo Dr. Francisco Alencar.

Reprodução / Redes Sociais

Davi Lucas teve a infância interrompida e agora precisa de ajuda para tratamento.

Porém, os demais gastos – estadia, demais profissionais da equipe, medicamentos - precisam ser custeados pela família. E tudo isso pode chegar a mais de R$150 mil. Por isso, a família está fazendo uma vaquinha virtual para a arrecadação do valor. Manuela Cristina, teresinense, ficou tocada com a história da criança e decidiu ajudar. Por isso, ela está encabeçando a ação de levantamento de recursos para os custos adicionais da cirurgia. 

A vaquinha virtual está disponível no site Vaquinha Virtual (neste link) e o telefone disponibilizado para mais informações sobre as formas de doar é de Manuela Cristina. O contato é o (86) 9.9463-8072

Entenda o caso

O caso teve repercussão nacional quando a vítima, que passava o final de semana com o pai, foi supostamente torturada pela madrasta em junho de 2022. A mãe do menino tomou conhecimento das agressões através de uma ligação do hospital, informando que a criança estava desacordada e em coma devido ao espancamento.

Fábila Kemila, a mãe, relatou: "Ele morava comigo e ficava o final de semana com o pai. Nesse final de semana, ele foi vítima de tortura pela madrasta. Eu só recebi a ligação do hospital dizendo que o meu filho já estava em coma."

Após o crime, a criança permaneceu hospitalizada por quase três meses, apresentando sequelas como fortes dores, perda da fala, incapacidade de se movimentar e enrijecimento do corpo devido ao aumento da tensão nos músculos, condição conhecida como "espasticidade".