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Policial acusado de matar colegas de trabalho ‘justifica’ chacina no Ceará

Um vídeo do inspetor de Polícia Civil identificado como Dourado, acusado de ter realizado a chacina em uma delegacia da cidade de Camocim (CE) e ter executado a disparos de arma de fogo quatro pessoas, foi divulgado horas depois do ocorrido. O crime ocorreu na madrugada desse domingo (14).

Ofegante e bastante eufórico, o agente de polícia explica o motivo de ter realizado o crime bárbaro. Dourado “justifica o ato” ressaltando que há vários anos vinha sendo perseguido por outros policiais civis, sendo até mandado para longe da cidade em que costumeiramente trabalhava por conta de rivalidades antigas.

Reprodução/Redes sociais
chacina em Camocim

Conforme registro, o suposto criminoso alega ainda que foi bastante criticado e perseguido, além de terem inventado histórias contra ele. Diante disso, o Dourado, que realizou o vídeo na frente da sua própria residência, afirma que destruiu não só sua família, mas a dos vários colegas vítimas da chacina.

“Perdão a todos. Tentei, procurei, fui humilhado, achincalhado, transformado como lixo, me perseguiram, inventaram, criaram e aqui eu estou. Estou na frente da minha casa, destruído. Eu destruí minha esposa, meus filhos, esposas e filhos de vários colegas. Alguns mesmos que ruins e péssimos que eram… esposas e famílias não mereciam”, diz o acusado em trecho do vídeo.

Entenda o caso

Quatro policiais foram assassinados a tiros dentro da Delegacia Regional de Camocim, no Ceará. O crime aconteceu na madrugada deste domingo (14) e o autor dos disparos, segundo a polícia, é um colega de trabalho das vítimas, também policial civil. Ele estava de folga e invadiu a sede do distrito efetuando os disparos.

O policial autor do crime fugiu logo em seguida em uma viatura, que foi abandonada pouco depois em uma unidade de saúde. Ele se entregou e está preso no Quartel da Polícia Militar da cidade.

As vítimas da chacina de Camocim são:

[da esquerda para direita] Os escrivães Antônio Cláudio dos Santos, Francisco dos Santos Pereira e Antônio José Rodrigues Miranda, e o inspetor Gabriel de Souza Ferreira

Reprodução/redes sociais

Com edição de Nathalia Amaral.