Um jovem de 20 anos identificado como Kauã Venicius S. Nascimento morreu no último domingo (10) vítima de um choque elétrico. Ele fazia uso de um cigarro eletrônico (comumente conhecido como vape) ligado na tomada, quando sofreu uma descarga elétrica. O caso aconteceu no município de Bertolínia, distante 401 Km ao Sul de Teresina.
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De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), Kauã teve morte instantânea. A vítima estava no quarto fazendo uso do vape quando o aparelho apresentou um curto-circuito na tomada e acabou atingindo o jovem. O corpo dele foi trazido para Teresina para passar pela perícia e produção de laudo cadavérico. O cigarro eletrônico usado por Kauã também foi apreendido para passar por uma perícia técnica.
O caso foi encaminhado para a Delegacia Regional de Uruçuí, que atende Bertolínia, e que será responsável pela investigação.
Kauã Venicius era frequentador da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Bertolínia. Em nota, a congregação lamentou o falecimento do jovem e se solidarizou com os amigos e familiares. “É com profundo pesar que a Paróquia [Nossa Senhora da Conceição Aparecida] se solidariza com os familiares e amigos de Kauã Venicius. Nosso irmão neste dia celebrou sua Páscoa Definitiva. Aos familiares e amigos, a nossa solidariedade fraterna”, diz a postagem nas redes sociais.
Como funciona um vape?
O cigarro eletrônico, que também é conhecido como vape, é um dispositivo com formato de um cigarro convencional ou caneta que contém uma bateria e um depósito onde é colocado um líquido concentrado com nicotina. Junto com a nicotina são adicionados produtos solventes e aromatizantes.
O vape funciona a partir da inalação. Quando o usuário dá a primeira tragada, um sensor eletrônico detecta o movimento de ar. O nebulizador aquece as gotículas de nicotina que se transformam em vapor para serem inaladas. Há modelos no mercado que possuem uma luz de LED na ponta, imitando um cigarro aceso quando o usuário dá uma tragada.
Proibição vape no Brasil
Em 2022, o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota em que reiterou sua posição favorável à manutenção das regras que proíbem a comercialização, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos (vape) no Brasil. Segundo o CFM, há um acúmulo de evidências que sugerem que fumar cigarros eletrônicos pode trazer riscos semelhantes ou mesmo maiores que outras formas de uso de tabaco, comprometendo a saúde de seus usuários.
“Esse tipo de dispositivo possui altos índices de nicotina e de outras substâncias nocivas em sua composição, causa dependência química e pode levar as pessoas ao adoecimento e à morte”< disse o CFM na nota publicada.
O posicionamento do Conselho também contou com o apoio de entidades como a Associação Brasileira de Psiquiatria, Associação Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
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