A queda de receitas enfrentada pelos municípios tem forçado prefeitos do Piauí a reduzirem os próprios salários e de secretários, segundo a Associação Piauiense de Municípios (APPM). Essa é uma das medidas que o presidente da entidade, Toninho de Caridade, disse que os gestores estão recorrendo para ajustar as finanças municipais.
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“Os municípios já estão diminuindo o custeio na máquina como combustível, corte nos salários dos próprios prefeitos e secretários. Vários prefeitos estão baixando decretos nesse sentido. Infelizmente, se a queda continuar os municípios terão que cortar comissionados e terceirizados”, disse. A APPM realiza um levantamento para identificar quantos gestores adotaram a redução de salários.
Em entrevista ao Portal O Dia, ele explicou que a queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) se agravou a partir do mês de julho e se agravou neste mês de agosto. Ele relatou que até então apenas fornecedores estavam sendo afetados, mas nas últimas semanas salários de servidores começaram atrasar em alguns municípios.
“Uma vez que a estrutura administrativa é mantida e os recursos caem, a tendência é de os gestores ultrapassarem o limite prudencial de 54% com despesa de pessoal. Os gestores terão que fazer ajustes, terão que adequar as contas. A preocupação é com a diminuição da prestação de serviço”, finalizou.