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Peças de cerâmica dos povos Tupis são encontradas em sítio arqueológico na UFPI

Pesquisadores encontraram artefatos produzidos em cerâmica no Sítio Arqueológico Ininga, que fica localizado no campus Ministro Petrônio Portella, da UFPI, em Teresina. O que chamou a atenção foi que as peças recuperadas são de antigas populações ceramistas de língua do tronco tupi, ancestrais dos povos Tupinambás.

O material localizado no sítio arqueológico evidencia o que os especialistas chamam de cultura material de um povo e é representado por peças em cerâmica e pedra oriundas da ocupação Tupi no Piauí. A descoberta tornou o Sítio Arqueológico do CCA da UFPI um dos primeiros relacionados a estes povos na região.

Divulgação/UFPI
Peças de cerâmica dos povos Tupis são encontradas em sítio arqueológico na UFPI

O professor Ângelo Correa, do curso de Arqueologia da UFPI, explica os elementos culturais destas populações que podem ser compreendidos a partir dos artefatos encontrados. “Essas populações eram agricultoras e produtoras de peças cerâmicas como panelas e potes. São antepassadas dos povos Tupinambá”, diz.

Estes artefatos em cerâmica não são os primeiros a serem encontrados no Sítio Arqueológico da UFPI. No local já foram descobertas ferramentas de pedra lascada e polida, lâminas de machado e fragmentos de cerâmicas decoradas. Estas cerâmicas são conhecidas como policromas e são as únicas fora da bacia amazônica, possuindo pinturas com combinações de linhas pretas, pontos pretos e faixas vermelhas sobre um fundo claro.

O professor Ângelo destaca a importância da cerâmica para as populações antigas. “A cerâmica dessas populações é notável pela sua riqueza gráfica e morfológica. Encontrar essa cerâmica polícroma, que é característica dos povos de língua tupi, confirma a presença e a extensão da ocupação dessas populações na região de Teresina e arredores”, afirma.

Divulgação/UFPI
O professor Ângelo Correa destaca a importância da cerâmica para as populações antigas

As pesquisas do Sítio Arqueológico Ininga agora seguem no sentido de determinar a extensão do material e fazer análises físico-químicas das argilas e tintas para melhor compreender os métodos de produção e os hábitos alimentares destas populações antigas. Catalogadas, as descobertas contribuirão para valorizar a preservação patrimônio histórico-cultural do Piauí.


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