Em 2023, houve um aumento no número de denúncias de violência contra a mulher, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do Piauí. Em todo o estado, o Centro de Operações Policiais Militares (COPOM), por meio do 190, registrou 3.361 chamadas relacionadas a casos de violência doméstica, um aumento de 32% em comparação com os 2.540 casos de 2022.
Na capital Teresina, as chamadas de emergência apresentaram crescimento de 20%: foram 1.361 chamadas em 2023 em comparação com 1.126 casos em 2022.
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Outro canal de denúncias que experimentou aumento no volume de chamadas foi o 'Ei Mermã, Não se Cale', um protocolo de atendimento que busca acolher, orientar e encaminhar mulheres em situação de violência.
Entre março e dezembro deste ano, a central de atendimento registrou 6.744 mensagens instantâneas, resultando no atendimento de 4.822 mulheres em todo o Piauí.
Através do número de WhatsApp 0800 000 1673, as mulheres vítimas de violência têm acesso a uma rede de apoio que orienta sobre os procedimentos a serem realizados, com atendimento disponível 24 horas.
“É uma importante ferramenta de apoio às mulheres vítimas de violência. Através desse canal elas podem realizar denúncias, receber orientações e romper o ciclo da violência doméstica. Queremos que as mulheres vivam em paz e tenham seus direitos garantidos”, pontuou a diretora de proteção à mulher e aos grupos vulneráveis da Polícia Civil, delegada Bruna Fontenele.
Como denunciar casos de violência doméstica?
A denúncia é uma ferramenta fundamental para romper o ciclo de abusos e proporcionar apoio às vítimas, permitindo a intervenção rápida de órgãos públicos e instituições especializadas.
Além de contribuir para a proteção imediata das vítimas, a denúncia da violência contra a mulher age na conscientização social. Ao expor essas situações, criamos um ambiente propício para o combate ao machismo e à cultura do silêncio, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária.
No Piauí, a Lei Maria da Penha conta com alguns mecanismos específicos que garantem sua aplicação mais efetiva, como é o caso da Patrulha Maria da Penha e o aplicativo Salve Maria. A primeira é um serviço da Polícia Militar em parceria com o Poder Judiciário, que atua na fiscalização do cumprimento das medidas protetivas concedidas às vítimas de violência doméstica e familiar. Já o Salve Maria é um aplicativo com botão do pânico que pode ser acionado por qualquer mulher em situação de violência doméstica.
Os canais tradicionais como o 190 da Polícia Militar também seguem recebendo denúncias diariamente. Além disso, as vítimas também podem ligar para o Disque 180, que é uma central de atendimento especializada na escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
Em Teresina, as vítimas podem procurar diretamente às delegacias especializadas no atendimento à mulher pelos telefones ou endereços abaixo:
- DELEGACIA DE FLAGRANTE DE GÊNERO: Rua Coelho de Resende, S/N, Centro/Sul, Teresina-PI. Telefones: (86) 3216-5038/ (86) 3216-5042
- DELEGACIA DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA MULHER – CENTRO: Rua Coelho Rodrigues, 760, Centro, Ao lado do Shopping da Cidade e da Prefeitura. Teresina-PI. Telefone: (86) 3222-2323
- DELEGACIA DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA MULHER – SUDESTE: Conj. Dirceu Arcoverde (por trás do 8º DP), Teresina-PI. Telefone: (86) 3216-1572
- DELEGACIA DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA MULHER – NORTE: Rua Bom Jesus, S/N, Buenos Aires, Teresina-PI. Telefone: (86) 3225-4597
- DELEGACIA DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA MULHER – SUL: Avenida Henry Wall de Carvalho, s/n – Bairro Saci – CEP 64020-115 (Ao lado do Mix Atacarejo)