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Estuprador pode ter tido ajuda de profissionais para fugir do país, diz delegado

Segundo o delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Polícia Civil, o ex-estudante de Medicina, Marcos Vitor, condenado a 33 anos de prisão por ter estuprado duas crianças da própria família, pode ter tido ajuda de profissionais para fugir do Brasil e chegar à Argentina. Marcos Vitor foi preso na terça-feira (17),  após ter ficado foragido por mais de 15 meses.


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“Nós vamos investigar, mas existem indícios de que houve o financiamento de pessoas qualificadas e técnicas para levar ele até a Argentina. Mas temos que interrogar ele para verificar a veracidade dessa informação. Se for verificado, nós vamos instaurar o procedimento cabível”, afirmou o delegado.

Foto: Arquivo pessoal/ Polícia Civil

A suspeita é de que Marcos Vitor tenha recebido ajuda para conseguir emprego, documentação e moradia na Argentina. No país, ele usava documentação falsa com o nome "Pedro Saldanha". Mesmo procurado pela polícia, o estuprador trabalhava como garçom em um restaurante localizado em um bairro de luxo em Buenos Aires e, para não ser reconhecido, também deixou o cabelo crescer.

“Ele trabalhava em um restaurante em um bairro de luxo e quando a sentença foi publicada e começou a ser dado publicidade, ele começou a se movimentar e foi para Mar Del Plata. A partir de diligências de campo e diligências do ambiente cibernético, conseguimos efetuar a prisão dele nessa madrugada”, revelou o delegado.

Entenda

Durante pouco mais de um ano, a Polícia Civil vinha realizando diligências de forma contínua com objetivo de cumprir o mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário contra Marcos Vitor.  De acordo com a Polícia Civil, as investigações da polícia apontavam que Marcos Vitor estaria residindo na cidade de Buenos Aires, usando documentos falsos.

Marcos Vitor, então estudante de medicina, foi condenado em processo criminal da comarca de Teresina por estupro de vulnerável contra duas vítimas. A investigação foi presidida Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente  (DPCA), que identificou as vítimas, colheu os elementos informativos necessários e representou pela prisão do investigado.